MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa vem renovando as máximas da sessão neste início de tarde e chegou a passar dos 119 mil pontos antes pela primeira vez desde o fim de janeiro antes de retornar à faixa dos 118 mil em meio a uma recuperação do apetite por risco alimentada pelo otimismo em torno de uma solução negociada para o Brexit.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,86%, aos 118.874,25 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,8 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava avanço de 1,02%, aos 119.110 pontos.

A expectativa pela divulgação de um prospecto para a separação organizada entre o Reino Unido e a União Europeia enfraquece o dólar contra seus pares, faz as bolsas subirem na Europa e nos Estados Unidos.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real, ao redor dos R$ 5,05, influenciado pelo movimento externo onde prevalece a busca por risco com investidores ainda digerindo a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) dada como “dovish” (suave), além da expectativa por avanços nas negociações entre republicanos e democratas para aprovação de um pacote de estímulo à economia dos Estados Unidos.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,99%, sendo negociado a R$ 5,0560 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2021 apresentava recuo de 0,54%, cotado a R$ 5,054.

O economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortiz, destaca que a “combinação de alguns fatores” induz a desvalorização global da moeda norte-americana, como as negociações por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos. “Estão ganhando mais tração por haver um maior alinhamento entre republicanos e democratas. Com isso, parece que o pacote está avançando melhor do que antes”, comenta.

Ortiz ressalta que a decisão do Fed ontem, apesar de “sem grandes novidades”, reiterou a postura acomodatícia abordada no início da crise da pandemia do novo coronavírus. “O Fed declarou que vai continuar com a compra de títulos públicos e privados, mantendo-se no patamar de US$ 120 bilhões.

“De qualquer maneira, o Fed sinalizou que o ritmo de compras continuará até que seu duplo mandato de garantir o pleno emprego e a estabilidade dos preços em torno da meta de 2,0% seja atingido. Os estímulos deverão ficar até que a recuperação econômica apresente progresso em direção aos níveis pré-pandemia”, diz, acrescentando que o impulso fiscal e monetário vindo dos Estados Unidos sustentam o apetite ao risco somado às notícias sobre vacinas, agora vindas da Europa.

A União Europeia (UE) anunciou que a vacinação contra a covid-19 na Europa vai começar em 27 de dezembro, na medida em que espera que a agência reguladora de medicamentos da zona do euro aprove a vacina da Pfizer e da BioNTech no dia 21.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem operando em queda na sessão de hoje, amparadas pelo recuo do dólar comercial, pela decisão de ontem do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e também pela divulgação de hoje pelo Banco Central do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,94%, de 2,98% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,295%, de 4,350%; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,84%, de 5,93%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,67%, de 6,76%, na mesma comparação.