MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

645

São Paulo – O Ibovespa segue operando em forte alta desde a abertura dos negócios, com os investidores otimistas com os pedidos de aprovação para as vacinas contra o novo coronavírus. Mercado segue atento a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que começou a falar às 12h.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 2,10%, aos 111.186,88 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 18,8 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava avanço de 1,63%, aos 111.290 pontos.

“As farmacêuticas Pfizer e BioNTech solicitaram à União Europeia autorização para uso emergencial da vacina experimental que desenvolvem e deve fazer o mesmo a entidades reguladoras de Austrália, Canadá e Japão. O pedido, que vem após o imunizante desenvolvido pelas empresas registrar eficácia de 95% na fase três, já foi feito aos Estados Unidos e ao Reino Unido”, explicou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora.

O dólar comercial intensificou a queda frente ao real e recua mais de 1%, a R$ 5,26, influenciado pelo exterior positivo para moedas de países emergentes em meio às notícias sobre vacinas contra o novo coronavírus. Enquanto aqui, há entrada de um fluxo forte de recursos estrangeiros na bolsa brasileira, a B3.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca o forte volume de recursos estrangeiros que entrou na B3 nesta primeira parte dos negócios, levando a moeda ao menor valor intraday em quase um mês. “É fluxo e lá fora, está bem positivo hoje com expectativas de que a vacina se aproxima”, comenta.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,64%, sendo negociado a R$ 5,2600 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2021 apresentava recuo de 1,37%, cotado a R$ 5,260.

Hoje, a Pfizer e a BioNTech enviaram o pedido de autorização à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) para uso emergencial da candidata à vacina contra a covid-19. As empresas também iniciaram inscrições em países como Austrália, Canadá e Japão. Os pedidos são baseados em uma taxa de eficácia da vacina de 95% demonstrada no estudo clínico de fase 3.

“A expectativa de que alguns países na Europa iniciem a vacinação contra o coronavírus nas próximas semanas justifica o otimismo”, diz o estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua. Ele acrescenta que, apesar do otimismo com os medicamentos, não se espera uma reversão das políticas de estímulo econômico no curto prazo.

“Muito menos uma elevação das taxas de juros pelos principais bancos centrais. Por isso, a liquidez continuará elevada no mercado internacional, sustentando novas altas nos preços dos ativos e a redução da aversão ao risco dos mercados emergentes”, avalia.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) firmaram-se em queda, em meio ao recuo acelerado do dólar, com os ativos globais surfando na onda de otimismo no exterior em relação a vacinas eficazes contra o coronavírus. O movimento da curva a termo se dá apesar da bandeira vermelha nas contas de luz a partir de hoje e das incertezas fiscais No Brasil.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,135%, de 3,31% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,81%, de 5,00% após o ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,60%, de 6,77%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,40%, de 7,55%, na mesma comparação.