MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Gráfico

Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – Após chegar a ensaiar uma alta perto da abertura, o Ibovespa voltou a cair e acelerou perdas puxado pelas quedas das ações da Petrobras e da Vale, em meio a preocupações com impactos do coronavírus.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,82% aos 112.837,13 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em fevereiro de 2020 apresentava recuo de 0,59% aos 112.855 pontos.

O número de mortes por coronavírus na China somam 908, e os casos de infecção confirmados totalizam 40.171, de acordo com autoridades chinesas de saúde. Assim, como o vírus continua a espalhar-se, empresas como a Volkswagen adiaram a reabertura de algumas fábricas na China, que seria hoje. A retomada parcial de fábricas preocupada investidores, diante do possível prolongamento do impacto negativo na economia chinesa.

Porém, o presidente da China, Xi Jinping, prometeu acelerar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra o vírus causador de pneumonia.

Para o economista da Toro Investimentos, Pedro Nieman, não há notícias novas e as incertezas em relação ao coronavírus permanecem. “O mercado hoje não tem uma agenda relevante para ser acompanhada e o temor [em relação ao coronavírus] ainda prevalece”, disse. Para ele, apenas notícias positivas no mercado corporativo e expectativa pelos balanços poderiam fazer o Ibovespa melhorar ao longo do pregão.

O dólar comercial segue oscilando sem direção única frente ao real, mas tem viés de queda após renovar máximas históricas sucessivas no movimento intraday ao chegar à R$ 4,3280 com as preocupações em torno do coronavírus ainda no radar dos investidores.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,16%, sendo negociado a R$ 4,3150 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava recuo de 0,19%, cotado a R$ 4,317.

“O pano de fundo ainda é o coronavírus. Investidores voltaram a precificar os ativos atentos aos desdobramentos da doença. Por outro lado, os dados da economia norte-americana mais robustos, como o payroll [relatório de empregos], tem dado suporte para a valorização global da moeda”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, destaca que o resultado semanal da balança comercial brasileira, a ser divulgado hoje à tarde, será importante para “mensurar” eventuais impactos do coronavírus nas exportações brasileiras.

Rugik reforça o movimento de realização global exibido na abertura dos negócios no qual a moeda recuou ficando pouco acima de R$ 4,30. Agora, o dólar avança no exterior e contamina as moedas de países emergentes. Aqui, ele destaca a liquidez reduzida, influenciada pela forte chuva em São Paulo. “Hoje o volume de negócios está abaixo do normal para uma segunda-feira”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) oscilam entre margens estreitas e exibem um ligeiro viés negativo, com os investidores monitorando o comportamento do dólar e o cenário externo, diante das preocupações com o impacto do surto de coronavírus na economia global. Mas o foco dos negócios está na divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,250%, de 4,275% ao final da semana passada, após ajuste; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,91%, de 4,97% no último ajuste; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,49%, de 5,56%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,14%, de 6,20% na mesma comparação.