MERCADO AGORA: Veja o comportamento dos negócios no início da tarde

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Por Danielle Fonseca, Flávya Pereira e o Olívia Bulla

São Paulo – Depois de cair por seis pregões consecutivos, o Ibovespa opera em alta no início da tarde e busca uma recuperação com investidores mais otimistas à espera pela assinatura da primeira fase de um acordo comercial entre China e Estados Unidos, prevista para ocorrer na próxima quarta-feira (15). As ações da Vale e de siderúrgicas também impulsionam o índice.

Para o estrategista-chefe da Levante Investimentos, Rafael Bevilacqua, “o cenário internacional deve ser preponderante para definir a dinâmica do mercado” e a grande expectativa é pela assinatura do acordo, questão que vinha preocupando ao longo de todo o ano passado.

Apesar de expectativas positivas em relação à questão comercial, o estrategista destaca que a situação do Irã permanece uma fonte de incerteza, principalmente, depois que autoridades iranianas admitiram que o avião que caiu no país com destino a Kiev, matando 176 pessoas, foi derrubado por um erro nos seus sistemas. A informação alimentou protestos populares no país, que são
monitorados por investidores.

Entre as ações, as da Vale (VALE3 2,04%) e de siderúrgicas, como as da Usiminas (USIM5 3,61%) ampliaram alta e ajudam o índice a subir mais de 1%, em meio a relatórios com expectativas positivas para os preços de commodities e para as empresas.

Já no Brasil, investidores devem aguardar novos indicadores da economia doméstica que serão divulgados ao longo da semana, como as vendas no varejo e o IBC-Br, para confirmar qual é o ritmo de recuperação da atividade.

Se, por um lado, há maior otimismo no mercado de ações, com investidores aproveitando para fazer compras, por outro lado, há busca proteção no mercado de câmbio, com o dólar chegando a subir 1% ante o real. A alta da moeda mostra que ainda há alguma cautela em relação ao cenário externo e à espera de indicadores.

“A semana é muita expectativa com indicadores pesados. Em um momento em que o mercado local tem um volume reduzido, é natural que suba e tenha essa pressão altista que está descolada das demais moedas de países emergentes, como o peso mexicano”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Por volta das 13h30, o Ibovespa subia 1,31%, para 117.026 pontos, enquanto o dólar comercial avançava 0,90%, para R$ 4,1340 à vista.

No mercado de juros, por sua vez, as taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem com leves oscilações, mas passaram a ensaiar um ligeiro viés positivo, sob influência do dólar. Os investidores seguem à espera dos dados domésticos de atividade previstos para esta semana para calibrar as apostas em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no mês que vem.