MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – Após abrir em leve queda, o Ibovespa passou a subir e renovou máximas históricas puxado pela virada das ações da Petrobras e de bancos, em meio a mais um dia sem notícias negativas no exterior.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,52% aos 110.876,10 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2019 apresentava avanço de 0,52% aos 111.060 pontos.

“Internamente as coisas estão indo bem e isso está ajudando o Ibovespa a atingir novos patamares aos poucos. A Petrobras também anunciou projeção de pagamento de dividendos e tem boas perspectivas”, destacou o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa.

Investidores seguem animados com os primeiros sinais de melhora da economia doméstica e acreditando na recuperação de alguns papéis, como os da Petrobras. Ontem, a estatal disse, durante o Petrobras Day, que pagará US$ 34 bilhões em dividendos nos próximos quatro anos, além de acompanhar a alta dos preços do petróleo hoje.

No entanto, está no radar dos investidores a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que pode fazer cortes extras da produção da commodity, afetando os preços.

Os papéis de bancos também seguem com um tom positivos, caso do Itaú Unibanco. Já as maiores altas do Ibovespa são das ações da Cielo, da Bradespar e da Cogna. Na contramão, as maiores queda são da MRV, da Via Varejo e das Lojas Renner.

No cenário externo, por sua vez, as bolsas norte-americanas operam “de lado” hoje após alguns indicadores positivos e sem novidades sobre a guerra comercial, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse ontem que as negociações com a China estão indo bem.

O dólar comercial segue com viés de alta frente ao real, mas oscila descolado do exterior, exibindo movimento de correção local após a moeda recuar por três pregões seguidos chegando a operar abaixo do patamar de R$ 4,20 após máximas sucessivas na semana passada.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,21%, sendo negociado a R$ 4,2130 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2020 apresentava avanço de 0,08%, cotado a R$ 4.215.

“É um movimento de correção normal, mas leve, perto da estabilidade. A alta ao longo da manhã pode estar refletindo alguma saída pontual de fluxo”, comenta o economista da Guide Investimentos, Victor Beyrutti.

Lá fora, as tratativas em torno de um acordo comercial entre Estados Unidos e China seguem no radar dos investidores globais e ditam os rumos dos negócios, diz o economista. O economista ressalta que a expectativa é para algum andamento nas conversas entre os países nos próximos dias antes de entrar em vigor novas cobranças de tarifas sobre produtos importados do país asiático previstas para o dia 15.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem com leves oscilações e ensaiam um ligeiro viés positivo, atentas ao comportamento do dólar. Os investidores estão à espera de novidades sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China e calibram as expectativas sobre o rumo da Selic após o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) neste mês.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,572%, de 4,59% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,70%, de 4,68% do ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,85%, de 5,82%, na mesma comparação; e o DI para janeiro de 2025 estava em 6,44%, de 6,42% do último ajuste.