MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O apetite por risco voltou ao mercado global e ao brasileiro diante da possibilidade cada vez maior de o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, conseguir o controle do Senado. Investidores apostam que isso resultará inicialmente no lançamento de mais estímulos à economia norte-americana, embora ainda haja preocupação com o plano de Biden de aumentar os impostos sobre as empresas e a fiscalização sobre as companhias do setor de tecnologia.

Por volta das 13h30 (de Brasília), o Ibovespa subia 0,53%, aos 120.019 pontos, acompanhando o avanço das bolsas dos Estados Unidos, onde os principais índices acionários avançam pouco mais de 1% – a exceção é o Nasdaq Composto, que reúne empresas do segmento de tecnologia e avança 0,40%.

O dólar comercial opera em alta de 1,51%, a R$ 5,3440, impulsionado pelo aumento nas taxas de juros dos Estados Unidos – um reflexo da perspectiva de mais dinheiro público gasto naquele país para estimular a economia – e pela preocupação dos investidores com uma reunião ministerial convocada em Brasília que não estava prevista e que exigiu o retorno do ministro da Economia, Paulo Guedes, das férias.

Declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a interrupção de compras de seringas também ajudam a aumentar a preocupação do mercado com a economia brasileira ao enfraquecer a perspectiva de que as campanhas de vacinação contra a covid-19 vão acelerar o ritmo de recuperação do crescimento nos próximos meses.

Todos estes fatores que impulsionavam o dólar também ajudavam a empurrar para cima as taxas de juros. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2022 estava em de 2,96%, de 2,90% no ajuste anterior; enquanto a taxa para janeiro de 2023 estava em 4,405%, de 4,30% após ontem.

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)