MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa acelerou perdas acompanhando as fortes quedas das Bolsas norte-americanas, com investidores voltando a ficar mais preocupados com o aumento de casos do coronavírus em vários países e seus impactos na economia global.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,98% aos 105.095,87 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 9,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 1,81% aos 105.465 pontos.

Nos Estados Unidos, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que dois novos casos de coronavírus foram confirmados na cidade. De acordo com ele, as duas pessoas não viajaram para nenhum dos países infectados nem tiveram contato com outros casos, o que significa que o vírus começa a se espalhar pela cidade. Mais cedo, a Califórnia declarou estado de emergência depois que a primeira morte no estado foi confirmada.

As ações da Gol e da Azul lideram as perdas do Ibovespa, caindo mais de 7% na esteira de fortes perdas de seus pares no exterior. Os papéis reagem à notícia de que companhia aérea britânica Flybe pode quebrar e ao alerta da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) que o setor deve ter grandes perdas em função do novo coronavírus.

O dólar segue renovando máximas históricas e já ultrapassou o R$ 4,65, com o aumento da aversão ao risco no exterior em função do aumento de casos de coronavírus em diversos países, como nos Estados Unidos. Mesmo os leilões de swap cambial já anunciados pelo Banco Central (BC) não têm sido suficientes para segurar a subida da moeda diante também da expectativa de queda da Selic.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 1,54%, sendo negociado a R$ 4,6520 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 1,45%, cotado a R$ 4,659.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) firmaram-se em alta, intensificando o ritmo de recolocação de prêmios, em meio aos ganhos acelerados do dólar, que já abriu cotado acima de R$ 4,60. O cenário externo de maior aversão ao risco por causa das incertezas em torno do coronavírus também pressiona a curva a termo local, principalmente os vértices mais longos, enquanto o trecho mais curto calibra as apostas em relação ao rumo da Selic.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,815%, de 3,765% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,36%, de 4,22% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,98%, de 4,82% ao final da última sessão; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,92%, de 5,79%, na mesma comparação.