MERCADO AGORA: Veja um resumo do comportamento dos negócios

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São Paulo – O mercado brasileiro segue tomado pela cautela antes do anúncio das decisões de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, às 16h (de Brasília), e do Banco Central, a partir das 18h20. No início da tarde, o Ibovespa subia 0,22%, aos 110.916 pontos, enquanto o contrato futuro do dólar comercial para janeiro recuava 0,80%, aos R$ 4.116,50.

Os investidores acreditam que o Federal Reserve vai manter a política monetária inalterada e reforçar a tese de que qualquer ajuste na taxa de juros dependerá de indicadores econômicos e desdobramentos de eventos externos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Analistas aponta que o mais provável é que os juros sejam mantidos na faixa de 1,50% a 1,75% por um bom tempo.

No caso do Brasil, as apostas são de que o Banco Central anunciará um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, porque o mercado já se ajustou à esta probabilidade. A instituição, no entanto, deve sinalizar que qualquer corte adicional nos juros dependerá do cenário econômico – principalmente por causa da apreciação do dólar e do repique na inflação, que na prática pressionam o Banco Central a considerar a necessidade de aperto monetário.

“O ritmo de recuperação da economia mostra sinais de aceleração neste fim de 2019. A decisão do Copom tem o intuito de reforçar a continuidade desse processo de recuperação, que vem sendo gradual. Todavia, com a recente escalada do dólar, que pressupõe pressões inflacionárias, é possível que o ciclo de redução dos juros sofra uma pausa no início do ano que vem”, comenta o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

Com a pausa nos cortes de juros nos Estados Unidos e a possível interrupção antes do esperado no ciclo de afrouxamento monetário do Brasil, o mercado se ajusta para ambos os cenários.

Além das decisões de política monetária, a guerra comercial pode continuar fazendo preço no mercado e qualquer notícia deve ser observada, principalmente, em função da proximidade do dia 15 de dezembro (domingo), quando entrarão em vigor tarifas mais altas sobre produtos chineses.

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)