Menin, da MRV, vê ambiente favorável para mercado imobiliário

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Foto divulgação: MRV

São Paulo – O co-fundador da MRV e presidente do conselho da empresa, Rubens Menin, vê o ambiente do setor de incorporação e de construção civil ainda favorável apesar da trajetória de elevação da taxa Selic e de um cenário político mais conturbado.
“O ambiente no Brasil é muito favorável ao nosso setor, os nosso bancos são muito bons, bancos como a Caixa Econômica e outros estão em bom momento, a indústria financeira tem muito suporte, o que não pode é que o resto contamine isso”, disse durante o Incorpora 2021, fórum das incorporadoras.
Segundo Menin, o setor foi um dos que seguiu resiliente mesmo durante a pandemia de coronavírus, ainda surfando na onda de juros baixos e, mesmo com a subida da Selic vista agora diante de uma inflação mais elevada, a expectativa é que não ocorra um grande impacto na oferta de crédito habitacional. Para ele, o setor pode ter apenas uma “dorzinha de barriga” por algum tempo quando a taxa ficar mais elevada.
Sobre a cena política, o empresário reconheceu que o clima não tem ajudado a economia, o que atrapalha no controle da inflação, e disse ser importante ter maior consenso para que reformas voltem a andar.
“O debate está muito duro, o Brasil está muito binário, precisamos de mais consenso, a sociedade como um todo tem que querer reformas também, a reforma da previdência, por exemplo, foi muito mal ‘brifada’ para a população. Mas, para isso, precisa ter base política e isso não está acontecendo e aí tem efeito em cadeia, juros sobem, inflação alta, etc.”
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antônio França, também reiterou, durante o evento, a importância de reformas, além de controle de contas públicas.
“O controle de contas públicas é fundamental, temos que olhar não no curto prazo, mas no médio prazo, isso indica necessidade de redução de custos, de reforma administrativa séria, a reforma tributária também é fundamental, o que gostaríamos é que ela não tivesse começado do jeito que começou, temos que discutir os tributos como um todo”, afirmou.