Meio de pagamento PJ é um oceano azul para Magazine Luiza

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Fachada de Loja do Magine Luiza

São Paulo – O CEO do Magazine Luiza destacou o desempenho da área financeira, especialmente em relação ao potencial de monetização com as “maquininhas” para os vendedores do marketplace.
“Temos mais de R$13 bilhões de carteira de crédito, vendemos seguros, é uma operação rentável e metade das vendas vem dessa operação”, disse Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, em live do portal “Infomoney”.
A recente aprovação obtida recentemente para assumir o controle da Hub Fintech, em que antes a companhia era sócia com o Itaú, está avançando com o desenvolvimento de “maquininha” para o seller, que poderá plugar todo o seu inventário.
“O diferencial é que o produto vende e não só processa pagamento. Ele nasce nativamente integrado ao e-commerce, com o diferencial de processar pagamentos e as vendas. A expectativa é que a essa novidade aumente as margens e resultados da companhia no longo prazo”, explica.
Segundo o executivo, a conta digital chegou a 4 milhões e, junto com a área de publicidade, a financeira é uma outra frente de monetização da companhia. “As maquininhas PJ são um oceano azul, é um negócio que está começando agora, temos 100 mil sellers.”
A companhia seguirá buscando crescimento a partir da combinação do 1P com 3P e ampliando a sua estrutura logística, com o plano de abrir 450 hubs e centros de distribuição perto das lojas. “Optamos por uma operação horizontal, lateralizando a companhia, com crescimento dentro do Brasil. Há oportunidades enormes nos próximos anos e vamos manter nosso foco no país”, disse.
MODA
A Magazine Luiza buscará a liderança no e-commerce de moda com a recente reformulação anunciada essa semana. “Buscamos a liderança e não queremos ficar fora de um mercado de R$ 250 bilhões e tão pouco penetrado. Há um potencial enorme de vender moda pela internet no Brasil.”
O executivo disse que a companhia criou uma vertical a partir da entrada da Zattini e, com a contratação de uma executiva para liderar a área, iniciou a reformulação.
“A Silvia (Machado) veio da Arezzo, atuou em outras marcas, estamos desenvolvendo uma coleção e compramos a Hub Sales, que faz a conexão direta da indústria com o online. Agora, relançamos a categoria e tenho certeza que vamos ter mujito sucesso e a Magalu será um player relevante. Também temos uma estrategia para atrair marcas para atuar em B2C também”, concluiu.
AÇÃO EM QUEDA
A variação atual do preço da ação da Magazine Luiza, que na última semana apresentou queda de 40%, não afeta a estratégia de crescimento da companhia. “Trabalhamos olhando o fundamento, não dá para mudar a estratégia de acordo com a variação do preço da ação. Com o tempo, os números vêm, temos atuado dessa forma nos últimos anos e tem dado certo”, disse Trajano.
A Magazine Luiza disse que está satisfeita com os resultados de sua estratégia de digitalizar o varejo brasileiro através da compra de empresas para atrair talentos, além de reformar a estrutura tecnológica na última década, o que facilitou a integração entre as empresas incorporadas.
“Aqui no Brasil, é preciso convencer o varejista a se digitalizar. Por isso, desenvolvemos todo a estrutura tecnológica, além do nosso diferencial de multicanalidade, por conta da nossa ampla rede de lojas físicas e isso nos dá confiança em nossa estratégia”, acrescentou.
O executivo argumenta que essa estratégia oferece uma perspectiva de sustentabilidade do negócio, pois permite que a companhia apoie os vendedores de seu marketplace.
“O seller precisa de apoio, oferecemos apoio digital e de capacitação, e isso é essencial para ajudá-lo a crescer.”
Em relação às vendas, ele considera que é importante ter escala e gerar vendas, além de logística sofisticada para atender o tamanho do mercado.