Maia diz que influência de redes sociais foi menor que em eleições de 2018

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,durante sessão que vai discutir e votar os oito destaques com sugestões de mudanças ao texto-base da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência.

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou há pouco em evento da Associação Comercial de São Paulo que “impressão que eu tenho é que a influência das redes sociais foi menor do que ocorreu nas eleições de 2018. E uma menor influência das redes sociais é óbvio que renasce o espaço para política voltar a se colocar no processo eleitoral com uma compreensão melhor do que será a política daqui para frente. Essa é só uma impressão inicial, claro”, disse.

Durante fala em evento Maia comentou ainda o resultado de candidatos apoiados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nas eleições municipais deste ano e fez um paralelo com a fase final da campanha eleitoral de 2018, quando Bolsonaro foi atacado com uma faca em Juiz de Fora (MG).

“O presidente tem a força dele, mas a força dele do processo eleitoral devido aos fatos que ocorreram após a facada, é claro que levaram ao movimento muito maior do que o que ele tinha de força política antes da facada. Aqui não tem nenhuma crítica do presente, se ele está mais forte ou ele tá mais fraco, mas o momento final da eleição nacional gerou uma onda patrocinada parte por esses movimentos de rede social e pela pela pela comoção em relação à facada”, afirmou.

Maia também voltou a cobrar uma atuação mais efetiva do governo federal em temas que considera de maior importância para o cenário econômico do país, como a organização dos gastos públicos prevista na PEC emergencial. O presidente criticou projeto que já tramita na Câmara dos Deputados e foi nomeado pelo governo como BR do Mar, que cria o programa de estímulo ao transporte por cabotagem.

“Tem projetos bonitos mas não vão resolver o nosso curto prazo. Com todo respeito ao projeto de cabotagem, não vai resolver o problema do Brasil nos próximos seis meses. Então nós não devemos e não podemos cair nessa armadilha de votar projetos bonitos que tem algum um charme e algum impacto na sociedade mas que não estejam enfrentando os principais problemas do nosso país. Não dá para a gente fazer uma lista de 10 projetos e achar que do outro lado da sociedade tem pessoas que não compreendem o tamanho do problema fiscal brasileiro”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados reforçou também que os próximos seis meses serão determinantes para as eleições de 2022, às quais o presidente da República, Jair Bolsonaro, pretende candidatar-se à reeleição.