Lula diz que deve vetar taxação de compras internacionais de até US$ 50 caso o Congresso aprove

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São Paulo – Em rápida entrevista a jornalistas, o presidente Luís Inácio Lula da Silva disse na manhã de hoje que não tem nenhum encontro agendado com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir a taxação de compras internacionais de até US$ 50, mas disse que se ele quiser conversar, estará a disposição após encontro com o presidente do Benim.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de vetar a taxação, caso seja aprovada pelos deputados, Lula disse que a tendência é vetar, mas também negociar com os congressistas.

Segundo o presidente, o assunto ainda pode ser negociado, mas, à imprensa, ele indicou que não faz sentido taxar. Pelas regras atuais do Remessa Conforme, compras internacionais de até US$ 50 são isentas de imposto de importação que seria de 60%.

Lula disse que cada um tem uma visão a respeito do assunto. “Quem é que compra essas coisas? São mulheres, a maioria, jovens, e tem muita bugiganga. Eu nem sei se essas bugigangas competem com coisas brasileiras, nem sei. Mas temos dois tipos de gente que não pagam imposto: as pessoas que viajam, que têm isenção de US$ 500, US$ 1000 no free shop, que são de classe média, uns 24 milhões de pessoas que podem viajar mais de uma vez por mês para o exterior. E como que você vai proibir as pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma buginganga, um negócio de cabelo… sabe?”, comentou o presidente.

“Eu disse para o Alckmin: minha mulher compra, sua mulher compra, sua filha compra, a filha de todo mundo compra… a filha do Lira compra… então nós precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar um prejudicando o outro. Mas tentar fazer uma coisa uniforme. Estamos dispostos a conversar e encontrar uma saída.”