Lucro líquido da BR Malls cresce e chega a R$ 72,1 milhões

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Foto/Divulgação

São Paulo – A BR Malls divulgou ontem o balanço do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 72,1 milhões, crescimento de 27,5% em comparação ao mesmo período de 2021.

O Ebitda Ajustado (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) teve saldo positivo de R$ 254 milhões, crescimento de 48,8% na comparação anual. A margem foi de 74,5%, incluindo despesas relacionadas a novos negócios.

A receita líquida foi de R$ 341 milhões, alta de 41,7% sobre o resultado obtido um ano antes. Destaque para a evolução da receita de locação, que encerrou o trimestre com 33,1% de crescimento em relação ao primeiro trimestre de 2021, e para a receita de estacionamento que apresentou alta de 101,8% em comparação ao mesmo período de 2021.

Segundo a BR Malls, apesar do impacto da variante Ômicron no início de 2022, o trimestre foi marcado pela reposta consistente de vendas totais e um crescimento de 5% em comparação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de Covid-19.

“Além dos shoppings da região Centro-Oeste que já vinham sendo destaque desse 2021, em março, shopping da região Sudeste também apresentaram crescimento expressivo comparado ao primeiro trimestre de 2019: Villa-Lobos, com alta de 17,7% nas vendas totais, e Mooca, com avanço de 13,5%.

As vendas totais tiveram crescimento de 59% em comparação ao mesmo período de 2021. Em relação a 2019, o aumento foi de 5%. Em março, as vendas subiram 10,1% sobre o mesmo período de 2019, período pré-pandemia.

O aluguel em mesmas lojas (SSR), líquidos de descontos, subiu 37,5% em comparação ao mesmo período de 2019, e 52,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Os segmentos que mais se destacaram foram vestuários e calçados.

O FFO Ajustado totalizou R$ 103,6 milhões, margem de 30,3%. No relatório, a companhia afirma que a alta de juros tem impactado as despesas financeiras e e consequentemente o indicador FFO. “Para reduzir a alavancagem e o custo médio das dívidas, em março realizamos a venda de 30% do shopping Center Uberlândia no valor de R$ 307 milhões”, detalhou o balanço.

O resultado financeiro registrou despesa líquida de R$ 114,7 milhões, alta de 68,6% . A variação reflete as recentes elevações da Selic visto que, 77,5% da exposição das dívidas da companhia é atrelada ao CDI e ao crescimento da inflação do período que influenciou o aumento dos juros dos passivos indexados à inflação.

A taxa de ocupação chegou a 97,6%, (-0,3 p.p. em comparação ao último trimestre de 2021), atingindo seu melhor nível para este período dos últimos oito anos. O resultado da inadimplência líquida no trimestre mostra uma resposta positiva, chegando a 6,2%, o representa um recuo de 8,1 p.p. em comparação ao último trimestre de 2021.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 35, 5 milhões, alta de 39,7% em comparação ao mesmo período de 2021. O resultado é reflexo ao aumento do quadro de funcionários para execução das estratégias de novos negócios e pela pressão inflacionária que compõem o ajuste anual de dissídio.