Lucro do Banco do Brasil cresce 35%, para R$ 6,61 bilhões

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São Paulo – O lucro líquido do Banco do Brasil aumentou 34,6% no primeiro trimestre, para R$ 6,61 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de ganhos ou despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 6,66 bilhões, subindo 57,6% em relação a um ano antes.

O resultado do período é explicado pelo crescimento do crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pelo crescimento da margem financeira bruta e pelo bom desempenho das receitas de prestação de serviços, informou a companhia, em seu relatório de resultados divulgado a pouco.

“O lucro recorde pelo quinto trimestre consecutivo demonstra nosso compromisso com a originação de negócios robustos, controle de custos, proximidade com nossos clientes, aceleração da nossa transformação digital e geração de impactos sociais e ambientais positivos para toda sociedade. Nosso objetivo continua sendo entregar resultados consistentes, adicionando valor a nossos acionistas. A entrega de resultados robustos ao longo dos últimos trimestres permitiu que nos aproximássemos da rentabilidade dos pares privados. Estamos confiantes em entregar um lucro líquido ajustado na ponta alta do guidance”, comentou o presidente do BB, Fausto Ribeiro.

CARTEIRA

A carteira de crédito do Banco do Brasil aumentou 16,4%, para R$ 883,5 bilhões. O valor considera carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários privados (TVM privados) e das garantias prestadas, resultado da proximidade com os clientes e do atendimento especializado e de qualidade em todos os segmentos.

A carteira Pessoa Física cresceu 14,9% frente a março/21, destaque para a performance positiva do crédito consignado (+12,1%), do cartão de crédito (+54,1%) e do empréstimo pessoal (+33,0%). No trimestre, a carteira cresceu 1,2%.

A carteira de crédito para Empresas encerrou o mês de março com saldo de R$ 267,9 bilhões, crescimento anual de 17%, com destaque para o crescimento das operações de TVM privados e garantias (+7,2%), recebíveis (+7,7%) e MPME (+14%). No trimestre, a evolução foi de 1,0%, com destaque para o crescimento na carteira de crédito para grandes empresas (+4,5%).

O Agronegócio segue apresentando performance positiva, alinhado ao crescimento do setor, e refletindo o apoio do BB ao segmento. Em março/22, a carteira atingiu R$ 255 bilhões, crescimento de 28,2% na comparação com março/21, com destaque para o custeio agropecuário (+47,8%) e para as linhas de investimento agropecuário, (+68,7%). Vale ressaltar o crescimento de 153,9% em títulos do agronegócio, Cédula de Produtor Rural (CPR) e Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). No trimestre, a carteira cresceu 2,6%.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) anualizado e calculado com base no patrimônio líquido contábil deduzido das participações minoritárias – que o Banco do Brasil chama de RSPL Mercado – cresceu 2,5 pontos porcentuais (pp) no primeiro trimestre, para 17,6%, enquanto o chamado RoE Ajustado – que deduz participações minoritárias nas controladas e os planos de benefícios – aumentou 3,1 pp, para 17,3%.

A taxa de empréstimos inadimplentes há mais de 90 dias ficou em 1,89% da carteira de crédito ampliada em março deste ano, de 1,75% em dezembro e 1,95% em março do ano passado. O índice de cobertura saiu de 325,0% em dezembro/21 para 297,0% em março/22%.

A despesa do Banco do Brasil com provisões para devedores duvidosos (PDD) levando em consideração a recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade aumentou 9,3% no primeiro trimestre, para R$ 2,76 bilhões, e o saldo de PDD acumulado até o fim do período foi de R$ 4,49 bilhões, subindo 36,5% em relação a um ano antes.

OUTROS NÚMEROS

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 7,5 bilhões no trimestre, crescimento de 9,4% em relação ao 1T21. Influenciado pelo desempenho comercial nos segmentos de administração de fundos (+16,7%), de seguros, previdência e capitalização (+15,2%), de consórcios (+41,8%) e nas operações de crédito (+28,3%).

A margem financeira bruta cresceu 5,6% no ano, mesmo com o impacto da elevação da Taxa Selic sobre os custos de captação no trimestre, refletindo o bom desempenho da carteira de crédito e o forte resultado de tesouraria.

Destaque para as despesas administrativas que cresceram 6% em um ano, abaixo da inflação do período, reflexo da disciplina na gestão de custos. O índice de eficiência acumulado em 12 meses melhorou e encerrou o período em 34,7%.

O Indice de Basileia atingiu 17,69%, sendo 12,71% de capital principal.

DIVIDENDOS

O Banco do Brasil aprovou, em 9 de maio, a distribuição de R$ 1,5 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 443,3 milhões em dividendos, totalizando R$ 1,9 bilhão, ambos relativos ao primeiro trimestre de 2022, em 31 de maio. Os valores, correspondentes a R$ 0,51772406601 e R$ 0,15534705486 por ação, respectivamente, serão pagos aos acionistas registrados na posição acionária de 23 de maio.