IPCA perde força e cai 0,68% em julho; expectativas eram de -0,65%

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São Paulo – O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,68% em julho na comparação com junho, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,67%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica em janeiro de 1980.

O resultado ficou ligeiramente acima das expectativas do mercado financeiro, de +0,65%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumula alta de 10,07% em 12 meses, minimamente abaixo das estimativas, de +10,1%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em julho, sendo que a maior variação (1,30%) veio do grupo Alimentação e bebidas, seguido por Despesas pessoais (1,13%), Vestuário (0,58%) e Saúde e cuidados pessoais (0,49%).

Já Transportes caiu significativos 4,51%, impactado diretamente pela redução de 14,15% no preço dos combustíveis, e Habitação teve decréscimo de 1,05%, reflexo da queda de 5,78% da energia elétrica residencial.

Quanto aos índices regionais, o IPCA caiu em todas as regiões pesquisadas no sétimo mês de 2022. Goiânia apresentou a maior variação (-2,12%), impactada pelas quedas da gasolina (21,57%) e da energia elétrica (14,90%), enquanto São Paulo teve retração de 0,07%, refletindo o impacto direto do aumento de 0,37% da energia elétrica no período.

O IPCA é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 30 de junho e 28 de julho de 2022.