IPCA desacelera e sobe 1,06% em abril; previsão era de 1,01%

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Foto: Artem Beliaikin / Pexels

São Paulo – O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,06% em abril na comparação com março, acelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+1,62%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior aumento para um mês de abril desde 1996 (+1,26%).

O resultado ficou minimamente acima das expectativas do mercado financeiro, de +1,01%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumula alta de 12,13% em 12 meses, muito próximo das estimativas, de +12,08%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril, sendo que a maior variação (2,06%) veio do grupo Alimentação e bebidas (2,06%). Na sequência, vieram Transportes (1,91%), Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência (1,53%).

O resultado em Alimentação e bebidas foi influenciado principalmente pela alta dos Alimentos para consumo no domicílio (2,59%), além de componentes como a batata-inglesa (18,28%), tomate (10,18%) e óleo de soja (8,24%).

Quanto aos índices regionais, o IPCA subiu em todas as regiões pesquisadas no quarto mês de 2022. A região metropolitana do Rio de Janeiro apresentou a maior variação (1,39%), impactada pela alta dos produtos farmacêuticos (6,38%) e gasolina (2,32%). Já a região a metropolitana de Salvador registrou a menor alta (0,67%), impactada pela queda da gasolina (-3,90%) e energia elétrica (-3,41%).

O IPCA é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 31 de março e 29 de abril de 2022.