IPCA-15 sobe 0,13% em setembro ante agosto; projeção era de +0,29%

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,13% em setembro na comparação com agosto, recuando 0,06 ponto percentual com relação ao número apurado no período anterior (+0,19%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro de 2023, o IPCA-15 foi de +0,35%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, até setembro, a alta foi de 4,12%, abaixo do número anterior, de 4,35%.

Tanto o resultado mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram abaixo das projeções de +0,29% e +4,30%, respectivamente, medidas pelo Termômetro CMA.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Habitação (0,50% e 0,08 p.p).

Já Alimentação e bebidas (0,05% e 0,01 p.p.), grupo de maior peso no índice, registrou aumento de preços após dois meses de queda. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,08% de Transportes e o aumento de 0,32% em Saúde e Cuidados Pessoais.

No grupo Habitação (0,50%), o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro. Além disso, houve os seguintes reajustes redução de 2,75% em Belém (-2,52%), a partir de 7 de agosto; e reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de Porto Alegre (2,81%), a partir de 19 de agosto.

Destaca-se, ainda, a alta da taxa de água e esgoto (0,38%), que decorre dos seguintes reajustes tarifários: redução média de 0,61% em São Paulo (-0,15%), a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (3,02%), a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza (5,23%), a partir de 5 de agosto. O resultado do subitem gás encanado (0,19%) decorre do reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro (1,43%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-2,01%), também a partir de 1 de agosto.

No grupo Transportes (-0,08% e -0,02 p.p), o resultado foi influenciado pela gasolina (-0,66% e -0,03 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (-0,64%), o etanol (-1,22%) também recuou, enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%) apresentaram altas. As passagens aéreas registraram aumento nos preços (4,51% e 0,03 p.p).
No grupo Alimentação e Bebidas (0,05%), alimentação no domicílio registrou variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado as quedas da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%). No lado das altas, destacam-se o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%).

A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês de agosto (0,49%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e da refeição (0,37% em agosto para 0,22% em setembro).

Quanto aos índices regionais, sete áreas de abrangência tiveram alta em setembro. A maior variação foi observada em Salvador (0,35%), por conta da alta da gasolina (2,17%) e do gás de botijão (3,04%). Já o menor resultado foi em Recife (-0,37%), que registrou queda nos preços da gasolina (-4,51%) e da cebola (-31,80%).