Inflação sobe 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015

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São Paulo – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,93% em março, acelerando-se em relação à alta de 0,86% apurada em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana projetada, de 1,00%, conforme o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, o IPCA de março é o maior para o mês desde 2015 (+1,32%). Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses para +6,10%, superando o teto da meta para a inflação em 2021 perseguida pelo Banco Central (BC), de +5,25%. O resultado também ficou abaixo da mediana projetada, de +6,20%, ainda conforme o Termômetro CMA.

Na passagem de fevereiro para março, seis dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, sendo que a maior variação e o maior impacto vieram do grupo Transportes (+3,81% e +0,77 ponto percentual). A aceleração do indicador em relação a fevereiro foi influenciada pela alta nos preços dos combustíveis (+11,23%), no qual a gasolina (+11,26%) foi o item de maior impacto no IPCA de março, +0,60 pp. O etanol e o óleo diesel subiram 12,59% e 9,05%, respectivamente.

A segunda maior variação mensal e impacto ficou com o Habitação (+0,81% e +0,12 pp) puxados pela alta do gás de botijão (+4,98%), que acumula ganhos de 20,01% nos últimos 12 meses. O item energia elétrica subiu 0,76% no mês passado e corroborou para a alta do item, depois de 0,71% em fevereiro.

O grupo Alimentação e Bebidas, por sua vez, desacelerou de +0,27% em fevereiro para +0,13% em março, representando impacto de 0,03 pp no resultado geral do IPCA no período. A alimentação em domicílio caiu 0,17% puxada pela queda no preço do tomate (-14,12%). Em contrapartida, o grupo Educação teve a maior queda (-0,52%), após avançar 2,48% no mês anterior.

Em termos regionais, todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em março. O maior índice ficou com Goiânia (+1,46%), diante da alta de 13,65% na gasolina e de 18,43% no etanol. Já a menor variação ficou com a região metropolitana do Recife (+0,62%), por causa da queda no preço na energia elétrica (-2,23%) e no tomate (-21,03%). Em São Paulo, o IPCA desacelerou de +0,83% em fevereiro para +0,75% em março.