Inflação na zona do euro oferece mais razões para cortes de juros em outubro, diz Rehn, do BCE

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Foto: M van den Dobbelsteen/ freeimages.com

Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia e membro do Comitê do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que a desaceleração da inflação na zona do euro oferece mais razões para justificar um corte nas taxas de juros na reunião de outubro da autoridade monetária.

A economia da zona do euro vem se aproximando de uma recessão ao longo do ano, e as pressões inflacionárias diminuíram mais do que o esperado nos últimos meses. Isso alimenta o argumento de que o BCE está ficando para trás em termos de apoio à economia debilitada.

“Dados estatísticos recentes forneceram mais confirmação de que a inflação está desacelerando. Na minha opinião, isso significa que agora há mais razões para justificar um corte de taxa em nossa reunião de outubro”, disse.

Rehn destacou que a recente desaceleração das expectativas de crescimento da zona do euro também reforça a necessidade de cortes nos juros. No entanto, ele alertou que o BCE deve monitorar de perto os dados econômicos e realizar uma análise abrangente antes de tomar decisões. O Conselho do BCE determinará o ritmo e a escala dos cortes de juros com base nas circunstâncias de cada reunião.

Além disso, Rehn mencionou que a taxa de inflação da zona do euro deve se estabilizar em torno da meta de 2% até 2025. Ele também ressaltou a importância de a Europa aumentar a produtividade, já que o aumento dos custos de energia, resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia, tem prejudicado a produção industrial da região.

Caso reformas significativas não sejam alcançadas, a competitividade da área do euro poderá ser ameaçada. “Se reformas significativas não puderem ser alcançadas, um enfraquecimento mais permanente na indústria ameaçaria a competitividade da zona do euro”, acrescentou.