Imposto sobre carbono promove eficiência, mas prejudica economia, diz FMI

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São Paulo – O imposto sobre o carbono prejudicará promoverá a eficiência energética, mas prejudicará a atividade econômica e aumentará os preços da energia, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Dito isso, as receitas da precificação do carbono poderiam ser usadas para compensar esses custos, por exemplo, incentivando diretamente o fornecimento de energia limpa ou financiando infraestrutura pública verde”, diz o FMI em um capítulo sobre mudança climática do relatório Previsões Econômicas Mundiais (WEO, na sigla em inglês) de outubro.

A União Europeia (UE) está planejando introduzir o imposto de carbono sobre certas importações por meio do chamado Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono (CBAM) como parte da meta de se tornar neutra em carbono até 2050.

Segundo a liderança da UE, o novo mecanismo de imposto sobre o carbono garantirá uma concorrência justa entre os produtores domésticos, que estarão vinculados a elevados padrões climáticos de produção.

Para o FMI, um impulso inicial de investimento verde combinado com o aumento constante dos preços do carbono geraria as reduções de emissões necessárias com efeitos de produção global transitórios razoáveis, colocando a economia global em uma base mais forte e sustentável no médio prazo.

“A precificação do carbono é crítica para a mitigação porque os preços mais altos do carbono incentivam a eficiência energética, além de realocar recursos de atividades de alto para baixo carbono. Um impulso inicial de investimento verde fortaleceria a macroeconomia no curto prazo e ajudaria a reduzir os custos de ajuste aos preços mais altos do carbono”, afirma.