IGP-M sobe 0,28% em maio ante abril, diz FGV; mercado previa +0,19%

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São Paulo – O Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,28% em maio, desacelerando-se em relação à alta de 0,80% apurada em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +0,19%. Com isso, o IGP-M acumula altas de 2,79% no ano e de 6,51% em 12 meses – número que também ficou acima do esperado, de +6,43%.

A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou a alta de 1,21% no mês passado e subiu 0,53% neste mês; ao passo que o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) apagou a alta de 0,13% em abril e caiu 0,60% em maio, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,18% para +0,21%, no mesmo período.

Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais ficou praticamente de lado, passando de +0,01% no mês passado para -0,02% neste mês, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de +9,12% para +0,93%, no mesmo período. Em bens intermediários, houve queda de 1,34%, após estabilidade em abril, enquanto as matérias-primas brutas praticamente mantiveram o ritmo de alta, indo de +3,44% para +3,11%, no período.

Já nos itens de origem, o IPA agrícola desacelerou a alta de 2,85% no mês passado para +0,40% neste mês, enquanto o IPA industrial passou de +0,49% para +0,66%, no mesmo período.

Entre os subgrupos do IPC, sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo nas taxas de variação de preços. As principais contribuições vieram dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,05% para -2,22%) e Transportes (-1,49% para -2,60%). Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens passagem aérea (+3,09% para -16,69%) e gasolina (-5,00% para -8,59%).

No componente do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,21% neste mês, de +0,18% no mês passado, enquanto o índice que mede o custo da mão de obra repetiu neste mês a estabilidade vista no mês passado.