IGP-M acelera alta e sobe 2,23% em julho, mais que previsto

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São Paulo – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 2,23% em julho, alta mais intensa que a de 1,56% observada em junho e superior à de 2,13% esperada pelo mercado, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). No acumulado do ano, o índice avança 6,71% e, em 12 meses, a alta é de 9,27% – também acima da projeção de 9,20% de analistas consultados pela Agência CMA.

Entre os componentes do IGP-M, houve aceleração da inflação em termos de comparação mensal no Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – de 2,25% para 3,00% -, no Indice de Preços ao Consumidor (IPC) – de 0,04% para 0,49% e no Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) – de 0,32% para 0,84%.

“O IPA, índice de maior peso, registrou forte alta nos preços de importantes commodities: minério de ferro (5,83% para 8,98%), soja (1,43% para 8,89%) e bovinos (3,26% para 8,94%). Já o IPC foi diretamente influenciado pela alta de 4,45% no preço da gasolina. Por fim, a taxa do INCC avançou devido aos acordos coletivos firmados no Rio de Janeiro e em São Paulo que resultaram em alta de 0,92% na mão de obra”, disse o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz.

Na análise do IPA por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 0,45% em julho, de 2,45% em junho, com a desaceleração refletindo a queda nos preços de alimentos in natura (-14,63%, ante 1,15% anteriormente).

Excluindo alimentos in natura e combustíveis, a alta de preços desacelerou menos – para 1,28% em julho, de 1,54% no mês anterior.

A inflação no segmento de Bens Intermediários aumentou de 1,70% em junho para 2,06% em julho, puxada pelos combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja alta de preços mais que dobrou no intervalo, para 12,78%. Excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção, houve desaceleração na inflação de bens intermediários – de 1,21% para 0,81%.

Entre as Matérias-Primas Brutas, a inflação foi de 6,35% em julho, ante 2,57% em junho.