IGP-DI sobe 0,05% em abril, menos que o esperado

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São Paulo – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) perdeu força e subiu 0,05% em abril, após avançar 1,64% em março, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da previsão de alta de 0,35%, conforme a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA. Com isso, o indicador acumula altas de 1,80% no ano e de 6,10% em 12 meses, até o mês passado, resultado que também ficou abaixo da previsão, de +6,38%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou a alta de 2,33% em março e subiu 0,11% em abril; enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apagou a alta de +0,34% e caiu 0,18% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,26% para +0,22%, no mesmo período.

No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais apagou a alta de +0,42% em março e caiu 0,22% em abril, sendo que a maior influência veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -10,93% para -25,02%.

Da mesma forma, o subíndice de bens intermediários apagou a alta de 1,22% no mês anterior e caiu 2,02% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas desacelerou a alta de 5,63% para +2,65%, no mesmo período.

Já nos itens de origem, ainda no IPA, os produtos agropecuários perderam força e passaram de +3,96% em março para +1,62% em abril, ao passo que os produtos industriais apagaram a alta de 1,75% e caíram 0,45%, na mesma comparação.

No IPC, sete das oito classes de despesa apresentaram decréscimo na taxas de variação de preços, com destaque para Transportes (de -0,13% para -2,02%) e Alimentação (de +1,35% para +1,10%). Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens gasolina (de -1,38% para -6,76%); passagem aérea (de -2,72% para -6,03%) e hortaliças e legumes (de +12,27% para +5,57%).

Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços ganhou força e subiu 0,48% em abril, de +0,31% em março, enquanto o custo da mão de obra apagou a alta de 0,21% no mês anterior e ficou estável neste mês.