IGP-10 desacelera fortemente em julho

358

São Paulo – O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,18% em julho, desacelerando-se fortemente em relação à alta de 2,32% em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 15,52% no ano e de 34,61% em 12 meses, até este mês.

Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) perdeu força e recuou 0,07% em julho, de +2,64% em junho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) manteve o ritmo de alta e subiu 0,70% neste mês, de +0,72% no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +2,81% para +1,37%, no mesmo período.

Nos estágios do IPA, os bens finais desaceleraram o ritmo de alta e subiram 1,27% em julho maio, de +1,66% em junho, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +3,06% para +2,10%. Os bens intermediários também desaceleraram, passando de 2,24% no mês passado para +0,90% neste mês. A principal contribuição veio do subgrupo materiais e componentes para manufatura, cuja taxa passou de +2,46% para +0,25%. Já as matérias-primas brutas saíram de um alta de 3,66% para um recuo de 1,78% no período.

Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários apagaram a alta de 0,92% no mês passado e recuaram 2,60% em julho, enquanto os produtos industriais avançaram 0,92%, de +3,34%, na mesma base de comparação.

“Os preços de commodities agrícolas, de grande expressão no IPA, seguem em desaceleração, devolvendo, ainda que lentamente, parte da alta acumulada nos últimos 12 meses”, explica André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Já no âmbito do IPC, seis das oito classes de despesa registraram decréscimo nas taxas de variação de preços em base mensal, com destaque para o grupo Transportes (de +1,69% para +0,81%), no qual o item gasolina passou de +3,16% para +1,42%.

Entre os componentes do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos perdeu força, passando de +2,50% em junho para +1,43% em julho, enquanto o índice de serviços desacelerou de +1,18% para +0,70% e o índice do custo da mão de obra passou a +1,45%, de +3,37% antes.