IGP-10 cai 0,37% em setembro, após alta de 1,18% em agosto

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Foto: Afonso Lima / freeimages.com

São Paulo – O Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,37% em setembro, desacelerando-se em relação à alta de 1,18% registrada em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 16,44% no ano e de 26,84% em 12 meses, até este mês.
Entre os componentes do indicador, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) perdeu força e caiu 0,76% em setembro, depois de ter subido 1,29% em agosto. Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) manteve o ritmo de alta e subiu 0,93% neste mês, de +0,88% no mês passado, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,79% para +0,43%, no mesmo período.
Nos estágios do IPA, os bens finais desaceleraram o ritmo de alta e subiram 1,60% em agosto, de +2,13% em setembro, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +0,59% para +2,61%. Os bens intermediários desaceleraram, passando de 1,93% no mês passado para +1,83% neste mês. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa passou de +3,72% para +0,14%. Já as matérias-primas brutas saíram de um avanço de 0,55% para uma queda de 5,01% no período.
Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, o minério de ferro acelerou a queda de 7,23 em agosto para -22,17% em setembro, enquanto o milho em grão caiu de 10,03% para 0,52% na mesma base de comparação.
“Café (13,51), açúcar (8,75) e tarifa de energia (3,06) figuram entre as principais pressões inflacionárias do IPA e IPC, e refletem os efeitos da estiagem”, explicou o coordenador dos Indices de Preços, André Braz. “. A taxa negativa registrada pelo IGP tem a ver com o comportamento do preço do minério de ferro, que caiu 22,17%”, complementa Braz.
Já no âmbito do IPC, quatro seis oito classes de despesa registraram acréscimo nas taxas de variação de preços em base mensal, com destaque para os movimentos nos preços de educação, leitura e recreação (de +0,51% para +1,34%), comunicação (de -0,13% para +0,12%), transportes (de +0,93% para +0,97%) e despesas diversas (de +0,10% para +0,29%).
Entre os componentes do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos desacelerou o ritmo de alta, passando de +1,44% em agosto para +0,82% em setembro, enquanto o índice de serviços passou de +0,77% para +0,49% e o índice do custo da mão de obra desacelerou a +0,08%, de +0,24% antes.