Haddad diz que harmonização entre fiscal e monetário é imprescindível para crescimento do país

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

São Paulo, 27 de abril de 2023 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje, em debate temático no plenário do Senado, que a harmonização entre as políticas fiscal e monetária é imprescindível para o crescimento do país. “O fiscal e o monetário precisam contribuir um com o outro. Não vejo as políticas fiscal, monetária e prudencial separadas. Elas fazem parte da mesma engrenagem. Não há como dissociar fiscal do monetário”, frisou o ministro.

 

Haddad destacou o objetivo do governo e de sua equipe econômica de retomar o equilíbrio fiscal, social e ambiental. O ministro fez duras críticas à renúncia fiscal, com finalidade eleitoral, praticada pelo governo anterior, que causou, segundo Haddad, uma perda de R$ 300 bilhões na receita. “Estamos tomando medidas impopulares por causa do populismo do governo anterior”, disse, acrescentando ser necessário fazer os ajustes agora para poder crescer no futuro.

 

O ministro destacou o compromisso do atual governo com as promessas de campanha e que a retomada da economia “não sacrificará os mais pobres”. Destacou a continuidade dos programas sociais e o fato de ter apresentado ao Congresso o novo arcabouço fiscal. “Temos uma agenda importante para voltar a crescer, gerar renda e empregos”, frisou Haddad. Para ele, crescer 1% ao ano não será suficiente para garantir a retomada econômica do país.

 

Haddad prometeu abrir a caixa preta das renúncias fiscais e garantiu e criticou o atual sistema tributário brasileiro, considerado um descalabro por ele. “Temos que abrir a caixa preta e discutir com a sociedade para onde estão indo estes recursos”, disse, comemorando a vitória obtida ontem pela Fazenda no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os benefícios relacionados ao ICMS.

 

O ministro também lembrou do alerta feito OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre o CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. “A regra está causando problemas ao país e é uma anomalia que não existe em nenhum lugar do mundo”, criticou.

 

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