Gerdau continua com foco em reduzir a dívida líquida/ebitda a 1 a 1,5x

No terceiro trimestre, o indicador dívida líquida/ ebitda alcançou 2,07x em virtude do crescimento do ebitda em 12 meses

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Foto divulgação: Gerdau

São Paulo – A Gerdau disse que continua com o foco em reduzir a alavancagem e atingir os indicadores definidos pelo conselho, com dívida líquida/ebitda na faixa de 1,0x a 1,5x no longo prazo, disse Harley Scardoelli, diretor financeiro da companhia em teleconferência de resultados.

No terceiro trimestre, o indicador dívida líquida/ ebitda alcançou 2,07x, de 2,78x no trimestre anterior, em virtude do crescimento do ebitda dos últimos 12 meses. Ao fim do trimestre, a dívida líquida atingiu R$ 12,3 bilhões, 85% atrelada em dólar, com pagamento previsto em prazo de 7,7 anos.

“A nossa projeção é que a demanda vai crescer entre 6% e 8% em 2021, sustentada pela construção civil, infraestrutura, ainda abaixo de anos anteriores, mas com demanda em obras de transporte, saneamento, energia, varejo e indústria” , disse o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck.

O resultado financeiro do trimestre veio do aumento da demanda por aço mas de esforços de gestão, para poder ajustar a produção em caso de demanda mais baixa.

Em relação a preços, a companhia espera um aumento da pressão de custos, já sentido no aumento da sucata.

Em relação às perspectivas de mercado, o executivo disse que está confiante na retomada da demanda por aços longos, impulsionada pelos setores de construção, varejo, infraestrutura, com o novo marco legal do saneamento básico e projetos de energia e transportes. A capacidade utilizada das plantas da companhia no país está em 80%.

“No Brasil, estamos colhendo os frutos de uma visão antecipada e mais construtiva sobre a retomada dos diferentes mercados que servimos. A nossa agilidade na retomada, com o religamento do alto forno em Ouro Branco, em Minas Gerais, em abril, somado a um efeito rebote de demanda reprimida fez com que as vendas de aços longos fossem similares aos níveis anteriores à crise, permitiu antecipar a diferentes mercados e nos preparar para atender o mercado”, disse Werneck, que disse que o varejo representa atualmente 30% das entregas de aços longos da companhia.

No mercado externo, a companhia vê boas perspectivas setor automotivo e agricultura, nos Estados Unidos, recuperação em minerais metálicos aos patamares vistos no segundo trimestre, na America do Norte, e demandas reprimidas em construção na América do Sul.

A companhia também informou a estimativa de investimentos da ordem de 1,6 bilhão de reais para 2020, sendo que destinou R$ 360 milhões ao longo do terceiro trimestre em ativo imobilizado, que contribuiu para investimentos de R$ 1,1 bilhão durante os primeiros nove meses do ano.