Georgieva defende piso para preço de carbono como ferramenta do clima

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A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. (Foto: Stephen Jaffe/FMI)

São Paulo – A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, defendeu a adoção de um piso internacional para o preço do carbono como uma ferramenta essencial no combate às mudanças climáticas.

“Precisamos de um preço referencial para o carbono, que se concentre em um piso e esse piso precisa ser definido de uma maneira pragmática e justa”, disse ela durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente norte-americano, Joe Biden.

Segundo Georgieva, um preço firme do carbono é necessário para fazer com que as emissões globais sejam reduzidas em linha com os objetivos do acordo do clima de Paris, de 2015. Ela destacou quem mais de 60 estruturas já foram definidas para a precificação do carbono.

“O preço global médio do carbono é de US$ 2 por tonelada e precisamos chegar a US$ 75 por tonelada até 2030 para conter as emissões em linha com as metas. É um salto enorme que precisamos dar”, afirmou.

Neste sentido, Georgieva disse que o FMI propôs um piso de preço de carbono para grande emissores como o G-20. “O foco em um preço de carbono mínimo entre um grupo pequeno de emissores poderia facilitar um acordo, cobrindo até 80% das emissões globais”, afirmou.