Funcionários do BC suspendem greve, mas vão fazer paralisações diárias e operação padrão

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Brasília – Os funcionários do Banco Central (BC) decidiram suspender até o próximo dia 2 de maio a greve pela reestruturação das carreiras de analista e técnico da instituição, além de uma correção salarial de 27% referente à inflação acumulada desde 2019. A categoria vai manter a mobilização com paralisações diárias, das 14h às 18h, e operação padrão.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. Segundo Faiad, os funcionários do Banco Central decidiram “dar um voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que oficializou a proposta de aumento salarial de 5%, a ser concedido pelo governo federal a todos os servidores públicos.
O presidente do BC prometeu atender dois pontos da pauta não salarial da categoria, além de agendar uma reunião do comando do movimento com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. “Nós demos um voto de confiança ao Roberto Campos neto até 2 de maio para batalhar por uma proposta melhor para os analistas e técnicos do BC. Os 5% são insuficientes”, afirmou Faiad.
Conforme Faiad, o Sinal apresentou uma contraproposta abrindo mão do reajuste de 27% no primeiro semestre deste ano, o que permitiria que a medida provisória da correção salarial entre em vigor a partir de 1º de julho. “Se nada for oferecido oficialmente, a greve será retomada automaticamente a partir de 3 de maio”, disse o sindicalista.
A mobilização dos funcionários tem impactado nas atividades do Banco Central, como a atualização de indicadores econômicos e a divulgação do Boletim Focus.