FMI, Banco Mundial, OMS e OMC dizem que mundo precisa de US$ 50 bi para conter pandemia

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Foto: CDC / Pexels

São Paulo – A comunidade internacional deve investir US$ 50 bilhões para acelerar o fim da pandemia de covid-19, disseram líderes do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma declaração conjunta.

“Com a estimativa de US$ 50 bilhões, acabaremos com a pandemia mais rapidamente no mundo em desenvolvimento, reduziremos infecções e perdas de vidas, aceleraremos a recuperação econômica e geraremos cerca de US$ 9 trilhões para a economia global até 2025”, diz o comunicado.

De acordo com a nota, enquanto cerca de 60% dos ganhos irão para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento, os 40% restantes beneficiarão o mundo desenvolvido. “É uma vitória para todos”, diz o comunicado. “Isso sem levar em conta os benefícios inestimáveis para a saúde e a vida das pessoas”, acrescenta.

Dos US$ 50 bilhões, o FMI, o Banco Mundial, a OMC e a OMS dizem que há um forte argumento para doações de pelo menos US$ 35 bilhões e citam os governos do G-20, que se comprometeram em fornecer cerca de US$ 22 bilhões em financiamento adicional para 2021.

“É necessário financiamento adicional de cerca de US$ 13 bilhões para aumentar o fornecimento de vacinas em 2022 e aumentar ainda mais os testes, a terapêutica e a vigilância. O restante do plano de financiamento geral – cerca de US$ 15 bilhões – poderia vir de governos nacionais apoiados por bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o mecanismo financeiro de US$ 12 bilhões do Banco Mundial para vacinação”, diz a nota.

O FMI, o Banco Mundial, a OMC e a OMS também destacaram a desigualdade na distribuição de vacinas contra a covid-19, chamando atenção ao surgimento para novas variantes e seu impacto na economia global.

“À medida que as variantes continuam a se espalhar, mesmo os países com programas avançados de vacinação foram forçados a reimpor medidas de saúde pública mais rígidas e alguns implementaram restrições às viagens. Por sua vez, a pandemia em curso está levando ao aprofundamento da divergência na sorte econômica, com consequências negativas para todos”, diz o comunicado.