Eurogrupo apoia uso de ESM para conter impactos do coronavírus

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São Paulo – Os membros do Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da zona do euro) mostraram grande apoio ao uso do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) para conter os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19.

“Nossas discussões estão mais avançadas sobre o fluxo de trabalho do ESM, porque podemos basear-se na forte estrutura já existente”, disse o presidente do Eurogrupo, Mario Centeno, em coletiva de imprensa ontem após reunião dos ministros, por teleconferência.

O ESM, um fundo de 500 bilhões de euros, foi criado em 2012 durante a crise de dívida pública da zona do euro. “Existe amplo apoio para considerar uma salvaguarda de suporte a crises pandêmicas com base em um instrumento existente de precaução ESM, como a linha de crédito para condições aprimoradas (ECCL). Isso forneceria uma linha de defesa adicional para o euro e funcionaria como seguro para nos proteger contra essa crise que se desenrola”.

Segundo Centeno, os recursos deste instrumento precisam ser consistentes com a natureza externa e simétrica do choque de Covid-19, e usados no curto prazo para combater a pandemia, com os países retornando à estabilidade no longo prazo. “Embora exista amplo suporte entre os membros sobre esses recursos, é necessário mais trabalho em detalhes”, disse.

“Este instrumento estaria disponível para todos os países, individualmente. O tamanho do instrumento disponível pode estar na faixa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos membros, como referência”, disse. Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) vão discutir a questão na reunião por teleconferência de manhã do Conselho Europeu.