EUA reafirma cooperação com México em nova reunião de líderes

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden / Foto: Casa Branca

São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu virtualmente ontem com seu colega mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, onde discutiram sobre questões envolvendo imigração, coronavírus, cooperação econômica e segurança nacional.

“Ambos os líderes se comprometeram a trabalhar juntos para combater a pandemia de covid-19, para revigorar a cooperação econômica e explorar áreas de cooperação em mudanças climáticas. Eles também reafirmaram a importância do combate à corrupção e da cooperação em segurança”, afirmou a Casa Branca em nota conjunta com o México após a reunião.

Os dois líderes reafirmaram a importância de uma “estreita colaboração para responder à pandemia, especialmente em áreas relacionadas com a cooperação econômica e de saúde”, informou o documento.

Mais cedo, ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o governo Biden não considerava dividir o estoque de vacinas com o México até que toda a população norte-americana fosse vacinada. No entanto, Biden afirmou ontem, após a conversa, que “conversariam sobre a questão”.

Além disso, eles discutiram a importância estratégica da relação econômica bilateral e reafirmaram o compromisso comum com o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).

De acordo com o documento, os dois líderes concordaram em colaborar “em um esforço conjunto para abordar as causas profundas da migração regional, melhorar a gestão da migração e desenvolver vias legais para a migração”.

Por fim, os dois presidentes destacaram a importância de enfrentar a crise climática e concordaram em explorar áreas de cooperação. Eles discutiram como podem trabalhar juntos para apoiar um resultado bem-sucedido na Cúpula dos Líderes Climáticos deste ano, em 22 de abril, organizada pelos Estados Unidos.

Antes da reunião, o presidente do México disse que pretendia propor a Biden um novo programa de trabalho para imigrantes que poderia trazer de 600 mil a 800 mil migrantes mexicanos e centro-americanos por ano para trabalhar legalmente nos Estados Unidos.

Oficiais da Casa Branca não confirmaram nem negaram apoio à proposta, dizendo apenas que os países concordam com a necessidade de expandir as vias legais para a migração. Questionado sobre a proposta do presidente mexicano, a secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a instituição de tal programa exigiria ação do Congresso.