Estímulos fiscais devem continuar em vigor em 2021, diz Eurogrupo

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Sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt. Foto: Divulgação/ BCE

São Paulo – O Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da zona do euro) defendeu a manutenção de medidas de estímulos ficais ao longo de 2021 para apoiar a recuperação da economia dos impactos negativos da pandemia do novo coronavírus.

“O Eurogrupo concorda que uma orientação orçamental favorável na zona do euro para 2021 é adequada, dadas as perdas de produto até à data e os riscos descendentes. As políticas orçamentais devem continuar a apoiar em todos os Estados membros da zona do euro ao longo de 2021”, segundo comunicado divulgado após reunião de hoje do grupo.

Segundo a nota, o apoio orçamental deve ser “bem orientado e temporário, salvaguardando simultaneamente a sustentabilidade orçamental a médio prazo”. Além disso, as respostas fiscais devem ser cuidadosamente calibradas e regularmente revisadas, devido a incertezas geradas pela da pandemia e mudanças nas condições econômicas.

“Os Estados membros devem continuar a coordenar ações para abordar eficazmente a pandemia, sustentar a economia e apoiar uma recuperação sustentável”.

O grupo reiterou que a economia da zona do euro continua a sofrer os efeitos econômicos negativos da pandemia de covid-19, com expectativa de contração de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) real em 2020, segundo previsões da Comissão, e com uma taxa de inflação baixa.

“Embora um retorno ao crescimento seja projetado em cerca de 4% em 2021, a incerteza e os riscos permanecem excepcionalmente grandes”, diz a nota. “Espera-se que a recuperação seja incompleta e desigual entre os Estados membros e a economia continue operando abaixo do potencial”. Assim, as condições de financiamento deverão permanecer favoráveis.

Por fim, o Eurogrupo disse que as medidas em 2020 se concentraram na resposta de emergência, apoiada pela cláusula de escape do Pacto de Estabilidade e Crescimento e pelas três redes de segurança acordadas pelo grupo em abril, além do fundo de recuperação da UE. Porém, “o foco da resposta de política está gradualmente mudando para apoiar a recuperação econômica”.