Estados Unidos querem formar coalizão para mudar comportamento da China

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São Paulo – Os Estados Unidos gostariam de formar uma coalizão de países com o objetivo de convencer a China a mudar seu comportamento, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em entrevista coletiva em Londres. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.

“Queremos que todas as nações trabalhem contra esse tipo de atividade. Queremos que todas as nações trabalhem juntas para recuar contra os esforços do Partido Comunista Chinês em todas as dimensões. E isso certamente inclui o Reino Unido e todos os países”, afirmou Pompeo.

“Esperamos poder construir uma coalizão que entenda isso. Trabalharemos coletivamente para convencer o Partido Comunista Chinês de que não é do interesse de todos se engajar nesse tipo de comportamento”, acrescentou.

Pompeo chegou a Londres ontem para conversar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o secretário de Relações Exteriores Dominic Raab sobre a suposta ameaça representada pela China, entre outras questões.

O Reino Unido é um dos vários países que introduziram restrições contra a gigante tecnológica chinesa Huawei depois que os Estados Unidos impuseram sanções à empresa por supostamente trabalhar com o governo chinês. A Huawei rejeitou as alegações, classificando-as como injustificadas e politicamente motivadas e diz que elas contradizem as práticas competitivas.

Anunciando sua viagem à Europa na semana passada, Pompeo disse que a ameaça do Partido Comunista Chinês de libertar pessoas de todo o mundo estará no topo da agenda. Pompeo também disse que discutirá a recuperação econômica pandêmica e as negociações de livre comércio pós-Brexit.

Pompeo viajará para Copenhague, na Dinamarca, amanhã, para uma reunião com a primeira-ministra Mette Frederiksen, bem como com os ministros das Relações Exteriores e da Educação do país.

As relações Estados Unidos e China se agravaram significativamente nos últimos anos, com Washington acusando Pequim de práticas comerciais desleais, uma fraca resposta à pandemia do novo coronavírus, violações de direitos humanos e disputas territoriais injustificadas com os países vizinhos.

A China negou acusações e criticou os Estados Unidos por várias violações do direito internacional.