Escolas na Europa e Ásia devem permanecer abertas, segundo OMS

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Bandeira com o símbolo da Organização Mundial da Saúde (OMS). (Foto: Missão dos EUA/Eric Bridiers)

São Paulo – As escolas na Europa e na Ásia Central devem permanecer abertas e devem adotar medidas para minimizar a transmissão do novo coronavírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em comunicado conjunto.

“A pandemia causou a interrupção mais catastrófica da educação da história. Portanto, é vital que a aprendizagem em sala de aula continue ininterrupta em toda a região europeia da OMS”, de acordo com Dr. Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em nota.

“Isso é de suma importância para a educação, saúde mental e habilidades sociais das crianças”, afirmou Kluge. “Educar as crianças com segurança em um ambiente de escola física deve permanecer nosso objetivo principal”, acrescentou.

“Encorajamos todos os países a manter as escolas abertas e instamos todas as escolas a implementar medidas para minimizar o risco de covid-19 e a propagação de diferentes variantes”.

As medidas incluem vacinar professores e funcionários das escolas como parte dos grupos prioritários nos planos nacionais, vacinar crianças com 12 ou mais e fazer melhorias no ambiente escolar por meio de uma melhor ventilação da sala de aula, turmas menores onde possível, distanciamento físico e testes regulares de crianças e funcionários.

A OMS e a Unicef reconheceram que a variante Delta altamente transmissível acrescentou uma camada adicional de preocupação a abertura de escolas, e apelaram pela maior vacinação da comunidade para reduzir a transmissão do vírus.

“A pandemia não acabou”, disse o diretor regional adjunto da Unicef para a Europa e Ásia Central, Philippe Cori. “Crianças e jovens não podem correr o risco de ter mais um ano de aprendizagem interrompida. A vacinação e as medidas de proteção, juntas, ajudarão a prevenir o retorno aos dias mais sombrios da pandemia”, afirmou.

“As crianças têm sido as vítimas silenciosas da pandemia, e as mais marginalizadas estão entre os mais atingidos”, acrescentou Cori.

A OMS e a Unicef lançaram uma lista de oito recomendações incluindo garantir que escolas estejam “entre os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir”, coloquem em prática estratégias de testes, mitigação de riscos e vacinação, bem como proteção do bem-estar mental e social das crianças.