Eneva avalia aquisições e se beneficiará de nova lei no AM

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São Paulo – Após adquirir o polo de Urucu, da Petrobras, em fevereiro, a Eneva afirmou que segue avaliando aquisições de ativos de diversas fontes de energia, embora diga que ainda não há nada “em via de negociações”. A companhia também afirmou que estuda parcerias para concorrer nos próximos leilões de energia e que deve se beneficiar da nova lei do gás do estado do Amazonas, que busca quebrar o monopólio de distribuidoras.

“Temos uma série de oportunidades que estamos avaliando de diferentes fontes de energia e ativos. Faz parte do nosso dever olhar para alternativas do mercado, mas hoje não tem nada em via de negociações, deixa as coisas esquentarem para a gente dar visibilidade”, disse o diretor de operações da Eneva, Lino Cançado, em teleconferência com analistas dos resultados do quatro trimestre de 2020.

Já sobre os dois leilões previstos este ano até o momento, em junho e em setembro, afirmou que avaliam alguns projetos, incluindo parcerias com potenciais desenvolvedores para se inscrever e concorrer, mas nada que possa ser adiantado no momento.

O executivo também afirmou que a companhia pode se beneficiar da nova lei do setor de gás aprovada por deputados estaduais do Amazonas ontem, que prevê, por exemplo, uma divisão mais clara da atividade de distribuição e produção.

“Ou seja, projetos fora da malha de transportes de GNL (gás natural liquefeito) não ficarão sob monopólio da distribuidora. Essa lei também libera para o consumidor livre, com o consumo acima de 10 mil metros cúbicos por dia, a negociação direta com produtores”, disse Cançado, ressaltando que se trata de uma lei moderna, em linha com as leis do Sergipe e do Espírito Santo, que são as estaduais mais avançadas no setor.

Segundo o diretor, com isso, o projeto de Azulão, que tem reservas superiores necessárias para atender Jaguatirica, poderá negociar o excedente de sua produção diretamente com consumidores livres.

Já em Urucu, também na região, afirma que os contratos existentes serão respeitados e a princípio não há impacto, mas existem possibilidades, além de a companhia ter adquirido também o polo de Juruá no estado, que está próximo a Urucu e pode ser desenvolvido, com negociações diretas com consumidores livres no futuro.