Emirados Árabes defendem alta de oferta de petróleo sem extensão de cortes

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Sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena. Foto: Divulgação/ Opep

São Paulo – Os Emirados Árabes Unidos estão comprometidos com o acordo de cortes na produção de petróleo e apoiam o aumento da produção em agosto, mas acreditam que isso não deve ser condicionado à prorrogação do acordo de congelamento atual, disse o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, no domingo. As
informações são da agência de notícias “Sputnik”.

Isso aconteceu depois que a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros foi estendida até segunda-feira, após fracassarem em chegar a um acordo na quinta e na sexta-feira da semana passada. Os Emirados Árabes Unidos discordaram da linha de base para os cortes, disseram duas fontes das delegações da Opep + à “Sputnik”.

“Os Emirados Árabes Unidos continuam totalmente comprometidos com a Opep e Opep + e apoiamos um aumento na produção a partir de agosto. No entanto, isso não deve estar condicionado à prorrogação do acordo atual”, disse o ministro Suhail Al Mazrouei.

De acordo com um comunicado do Ministério da Energia, citado pela agência de notícias estatal do país, WAM, os Emirados Árabes Unidos não estão satisfeitos com a questão do aumento da produção associado à extensão do negócio.

“O comitê conjunto ministerial de monitoramento infelizmente apresentou apenas uma opção, aumentar a produção sob a condição de uma extensão do acordo atual, o que prolongaria a linha de base de produção de referência injusta dos Emirados Árabes Unidos até dezembro de 2022, a partir da data de término do acordo existente de abril de 2022”, diz a declaração.

Os Emirados Árabes Unidos teriam oferecido dissociar o aumento de produção da extensão do negócio, mas o comitê insistiu em manter as duas questões juntas.

O acordo de corte de produção da Opep + foi alcançado em abril de 2020 por 23 países, incluindo 10 membros da Opep, em meio à queda abrupta na demanda de petróleo à medida que paralisações relacionadas ao novo coronavírus estavam ocorrendo em todo o mundo.

O acordo estipulou uma redução inicial da produção de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia (bpd). Até agora, a produção foi restabelecida em cerca de 4,0 milhões de barris por dia.

Uma fonte de uma das delegações ouvida pela “Sputnik” revelou que a Opep + está discutindo aumentar a produção em 400 mil barris por dia no período de agosto a dezembro deste ano, e a possibilidade de condições separadas para os Emirados Árabes Unidos.