Ecofin indica apoio à extensão do financiamento do FMI a mais países

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Foto: União Europeia (UE)

São Paulo — O Conselho para Assuntos Econômicos e Financeiros da União Europeia (Ecofin), que reúne os ministros das finanças do bloco, apoiou a ideia de aumentar o financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e estender o alívio da dívida aos países mais pobres para ajudar na luta global contra a crise de covid-19 após reunião informal realizada ontem.

Eles também mantiveram a Turquia fora de sua lista de paraísos fiscais por causa do progresso feito com Ancara na cooperação fiscal.

“Conseguimos progredir na cooperação com a Turquia em matéria tributária, por isso, ela não foi adicionado à lista”, disse o ministro das Finanças de Portugal e presidente do Ecofin, João Leão, em entrevista coletiva.

Sobre a ideia de aumentar os recursos do FMI, chamados de Direitos Especiais de Saque (SDRs), para que haja mais ajuda a países de baixa renda, os ministros se mostraram favoráveis à decisão de estender o recurso, estabelecendo uma ação coordenada para a próxima reunião do G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes).

No ano passado o grupo aprovou uma Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida, oferecendo a 73 dos países mais pobres uma suspensão de seis meses do pagamento da dívida de governo a governo.

A iniciativa já foi prorrogada uma vez e será discutida novamente na próxima reunião do G-20, em abril.

“Os ministros discutiram hoje como apoiar os países mais pobres do mundo, muitos dos quais estão em alto risco ou em situação de sobreendividamento”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, em entrevista coletiva após as negociações dos ministros da UE.

Ele disse que as etapas discutidas incluem estender a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida e apoiar uma nova alocação geral de Direitos Especiais de Saque do FMI, embora isso requeira uma análise completa por parte do FMI.