Demanda global por viagens aéreas caiu 66% em 2020, diz Iata

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Foto: Divulgação / Governo britânico

São Paulo – A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais, avaliada número de passageiros pagantes multiplicados pela distância de cada voo no mês (RPK), caiu 70% em dezembro e 66% em 2020, com recuos de 43%, no mês, e de 49%, no ano, na demanda por voos domésticos, e de 85%, no mês, e 76%, no ano, na demanda internacional, em base de comparação anual, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

As reservas para viagens futuras caíram significativamente em janeiro, para 70%, após uma leve melhora, com retração de 60% no final de 2020, no comparativo anual.

“O ano passado foi uma catástrofe. Não há outra maneira de descrevê-lo. A recuperação que houve durante a temporada de verão do hemisfério norte parou no outono e a situação piorou dramaticamente durante a temporada de férias de fim de ano, à medida que restrições mais severas às viagens foram impostas em face de novos surtos e novas cepas de covid-19. ” disse Alexandre de Juniac, diretor geral da Iata.

Segundo a associação, os países que tiveram melhor recuperação em voos domésticos em 2020, especialmente a partir de março, foram China e Rússia, próximos de alcançar plena recuperação, além de Estados Unidos e Austrália.

O renascimento da demanda por viagens aéreas internacionais foi sufocado por restrições de viagens, com reavivamento visto apenas em “bolhas de viagens” e em países que tiveram as regras de quarentena relaxadas, como na América do Norte e Central, apontou a entidade.

Para 2021, a entidade prevê um crescimento de 13% em RPK, em comparação a 2020, bem abaixo da média de 38% dos níveis de 2019, que dependerá da resposta da política ao enfrentamento das novas variantes do novo coronavírus. Essa estimativa considera restrições de viagem mais severas, caso as novas variantes persistam.

Outra previsão mais otimista para este ano é de uma melhoria de 50,4% na demanda, em comparação a 2020, o que levaria a indústria a 50,6% dos níveis de 2019, disse a entidade.