Demanda global de petróleo diminui na segunda metade do ano, diz AIE

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Foto: Exxon Mobil

São Paulo – A Agência Internacional de Energia (AIE) espera que a demanda global de petróleo diminua na segunda metade do ano devido ao avanço da variante Delta do coronavírus. No entanto, a oferta de commodity deve crescer à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) retorna, aos poucos, sua produção.

De acordo com o relatório mensal publicado pela agência, a AIE espera que a demanda global cresça 5,3 milhões de barris por dia (bpd) em relação ao ano passado em 2021, com uma revisão de 100 mil bpd a menos em relação ao reporte do mês anterior. Ao todo, o apetite mundial por petróleo neste ano deve ser de 96,2 milhões de bpd.

Para 2022, no entanto, a agência prevê 200 mil bpd a mais do que na projeção anterior, totalizando um crescimento de 3,2 milhões de bpd em comparação anual.

“O crescimento de demanda para o segundo semestre de 2021 foi reduzido de forma mais acentuada, à medida que as novas restrições da covid-19 impostas em vários dos principais países consumidores de petróleo, especialmente na Ásia, parecem destinadas a reduzir a mobilidade e o uso de petróleo”, afirma o relatório.

Ao mesmo tempo, a oferta de petróleo deve crescera partir de agora, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados resolveram retornar com sua produção de forma gradual, adicionando 400 mil bpd por mês a partir de agosto.

De acordo com o reporte da AIE, o crescimento da oferta para este ano para os produtores fora da Opep será de apenas 600 mil bpd. No entanto, em 2022 esse crescimento deve ser de 1,7 milhões de bpd em base anual, com os Estados Unidos respondendo por 60% desse crescimento.

A AIE também chama atenção para o fato de que “a Opep+ ainda pode pausar, continuar ou mesmo reverter seus limites de produção conforme exigido pelo mercado e parece improvável que o desenrolar dos cortes continue em uma trajetória linear em 2022”.