Coronavírus abala vendas no varejo e abril tem queda de 36,5%

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Divulgação: Logo da Cielo

São Paulo – O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostra que as vendas no varejo brasileiro caíram 36,5% em abril, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, em função da crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus.

Em termos nominais, que representam a receita de vendas observadas pelo varejista, o ICVA caiu 35,4% na mesma base de comparação. Segundo a companhia, esse é o resultado mais negativo apurado pelo índice desde sua criação em janeiro de 2014.

O mês passado ainda foi beneficiado levemente pelo calendário na comparação com o mesmo período de 2019. Ao ajustar o calendário, a queda foi de 37,1% deflacionado e 36% em termos nominais.

“Diferente de março, quando as vendas sofreram um baque apenas nas duas últimas semanas, o mês de abril foi afetado pela covid-19 em seus 30 dias. Com exceção de supermercados e hipermercados, veterinárias e petshops, todos os setores apresentaram quedas nas vendas, com alguns inclusive chegando a quedas de 80%”, diz o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, as vendas de bens duráveis e serviços caíram em abril, registrando quedas de 57,5% e 68,9%, respectivamente, enquanto bens não duráveis, que inclui supermercados e farmácias, teve alta de 10,6%.

Por região, descontada a inflação, todas apresentaram queda em abril, com destaque para o Sudeste de (41,5%). Na sequência aparecem as regiões Nordeste (- 37,3%), Sul (-28,7%), Centro-Oeste (-28,5%) e Norte (-24,0%). Considerando o não desconto da inflação, o destaque também foi a região Sudeste (40,2%), seguida por Nordeste (-36,2%), Sul (-27,9%), Centro-Oeste (-27,8%) e Norte (-21,3%).