Congresso dos EUA certifica vitória de Biden nas eleições presidenciais

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice Kamala Harris / Foto: Campanha Joe Biden

São Paulo – O Congresso dos Estados Unidos certificou a vitória do presidente eleito Joe Biden no Colégio Eleitoral, com o retorno do debate horas após uma multidão invadir o Capitólio e interromper o processo. O atual presidente, Donald Trump, disse que a transição será ordenada.

O Senado e Câmara dos Deputados rejeitaram duas objeções ao resultado das eleições presidenciais de 3 de novembro e oficialmente certificaram que Biden recebeu 306 votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessário para a vitória, enquanto Trump recebeu 232 votos.

“O anúncio do estado do voto pelo presidente do Senado será considerada uma declaração suficiente das pessoas eleitas presidente e vice-presidente dos Estados Unidos”, disse o vice-presidente do país, Mike Pence, também presidente do Senado, ao declarar o resultado das discussões no Congresso.

A sessão foi retomada horas após manifestantes tomarem o Capitólio depois que Trump pediu que as pessoas agissem contra a confirmação da vitória de Biden, repetindo alegações infundadas de fraude eleitoral. Policias e manifestantes armados entraram em conflito na frente do edifício do Capitólio, onde ficam o Senado e a Câmara dos Deputados norte-americanos. Houve relatos de disparos, feridos e de quatro mortes.

Pence, que comandava a sessão do Congresso para a certificação dos resultados eleitorais, e a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, foram evacuados dos cômodos principais do edifício. Dentro do Capitólio, policias soltaram gás lacrimogênio na tentativa de tomar controle dos manifestantes.

Após a certificação da vitória de Biden, Trump emitiu um comunicado. “Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro”, disse o presidente, segundo nota publicada pelo subchefe do Gabinete de Comunicações da Casa Branca, Dan Scavino.

“Sempre disse que continuaríamos nossa luta para garantir que apenas os votos legais fossem contados. Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar os Estados Unidos grande novamente”, segundo Trump, na nota.