São Paulo – O Índice de Confiança da Construção (ICST) interrompeu três quedas seguidas e recuperou-se em maio, ao subir 3,0 pontos a 68 pontos, em relação a abril, quando registrou a maior queda mensal e alcançou o menor nível da série histórica. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado reflete a melhora da percepção dos empresários do setor em relação ao futuro. Em base mensal, o Indice de Expectativas (IE-CST) cresceu 9,8 pontos, a 69,7 pontos, recuperando apenas parte da perda de 44,3 pontos registrada entre janeiro e abril. Já o Indice da Situação Atual (ISA-CST) recuou 4,1 pontos, a 66,8 pontos, no menor valor desde setembro de 2017.
Enquanto os indicadores de demanda prevista e sobre a tendência dos estoques para os próximos seis meses favoreceram o IE, o ISA refletiu a piora dos indicadores sobre a carteira de contratos e a situação atual dos negócios. Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção subiu 4,1 pontos percentuais (pp), a 61,7%, refletindo a alta tanto do subíndice da mão de obra quanto do de máquinas e equipamentos.
Para a coordenadora de projetos da construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, apesar do aumento da confiança do setor neste mês, não é possível afirmar que o pior momento da crise deflagrada pelo novo coronavírus já passou. “Os impactos negativos sobre o setor da construção continuam bastante intensos”, avalia.
A edição de maio da sondagem coletou informações de 566 empresas entre os dias 1 e 22 deste mês. A próxima divulgação ocorrerá em 25 de junho.
