Confiança da construção atinge maior nível desde março de 2014

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São Paulo – O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, avançando 3,3 pontos em relação a junho, para 95,7 pontos, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trata-se do nível mais alto do índice desde março de 2014.

“A sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses”, avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE.

“Se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021, esse efeito foi atenuado”, disse ela. “Não porque tenha ocorrido queda ou redução no ritmo dos aumentos”, prosseguiu Ana Maria.

“Ocorre que o percentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos que os aumentos dos custos têm causado, as empresas esperam que esse aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final”, concluiu.

O resultado reflete a melhora da avaliação dos empresários em relação ao futuro. Em base mensal, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) cedeu 0,1 ponto em julho, a 89,4 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 6,8 pontos, a 102,2 pontos.

Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção teve queda de 3,7 pontos percentuais (pp), a 73,7%, refletindo a piora dos sub-índices de mão de obra e do nível de atividade de máquinas e equipamentos.

A edição deste mês da confiança da indústria coletou informações de 602 empresas entre os dias 2 e 23 de julho. A próxima divulgação da sondagem industrial ocorrerá em 26 de agosto.