China condena campanha dos EUA contra TikTok e promete revidar

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O aplicativo chinês TikTok é um dos mais populares no mundo/ Créditos: Pixabay

São Paulo – A China condenou a campanha dos Estados Unidos contra o aplicativo chinês de vídeo TikTok e disse que o país sofrerá as consequências por seus atos, chamando de “manipulação política” restrições impostas pelo governo norte-americano a empresas estrangeiras com o argumento de proteger a segurança nacional.

“Os Estados Unidos generalizaram o conceito de segurança nacional, abusaram do poder nacional e suprimiram irracionalmente empresas de fora dos Estados Unidos sem nenhuma evidência”, disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, em coletiva de imprensa.

“Se essa abordagem errada dos Estados Unidos for seguida, qualquer país poderá tomar medidas semelhantes contra qualquer empresa dos Estados Unidos com base na segurança nacional. Os Estados Unidos não devem abrir a ‘Caixa de Pandora’, caso contrário, terão seus próprios frutos”, afirmou.

Segundo ele, “os Estados Unidos usam a chamada segurança nacional como motivo para suprimir empresas relevantes”, que realizam atividades de acordo com os princípios do mercado e as regras internacionais e do país. “Isso é manipulação inteiramente política”.

O porta-voz disse ainda que empresas como a Toshiba no Japão e a Alstom na França também sofreram repressão por parte dos Estados Unidos. “A hipocrisia da chamada competição justa anunciada pelos Estados Unidos foi exposta”.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a controladora do TikTok, a ByteDance, tem até o dia 15 de setembro para negociar sua venda para a Microsoft ou outra empresa norte-americana, caso contrário vai proibir o software de atuar no país devido a preocupações com a segurança nacional.

Trump disse ainda que o governo deve obter uma fatia generosa da venda do TikTok. “Sem o governo, essa negociação jamais aconteceria. Acho justo que o governo receba uma boa fatia dessa venda”, afirmou o presidente durante coletiva na Casa Branca.