CBA está confiante na demanda por alumínio no segundo semestre

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Divulgação da B3

São Paulo – A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) espera que o consumo de alumínio continuará crescente em todos os principais mercados de atuação da companhia (transportes, construção civil, embalagens, energia, entre outros) no segundo semestre.

“O mercado de embalagens continua crescendo, mas o de transporte tem o maior potencial de expansão. O alumínio está numa série de aplicações, como eletrificação, de deve seguir em alta com veículos elétricos. As projeções do mercado são positivas para oferta, demanda e preço da commodity”, disse Ricardo Carvalho, presidente da companhia, em coletiva de imprensa realizada a pouco.

“O setor automobilístico, que teve uma forte queda, já está se recuperando”, completou o diretor financeiro da empresa, Luciano Alves.

Nesse sentido, com os recursos captados em sua oferta pública inicial (IPO), a CBA poderá cumprir sua meta de investir R$4 bilhões até 2025, para acelerar seu crescimento em crescimento e investir em projetos de energia renovável.

“Vamos precisar de energia para acelerar nossos projetos e buscaremos um mix nas fontes eólica, solar e biomassa”, disse Alves.

A empresa supre praticamente a totalidade de seu consumo de energia elétrica com geração de energia 100% renovável. Segundo a empresa, o custo de energia representa, na média da indústria, aproximadamente 33% do custo total de produção do alumínio líquido, e garante melhor previsibilidade, segurança de fornecimentos.

A fabricante também aposta na aumento da demanda por “alumínio de baixo carbono” (que busca a redução das emissões na produção), que já é exigido por empresas como a BMW e Apple.

“A maior emissão em nosso segmento é a geração de vapor e com o uso de energia gerada por biomassa em nossos fornos, vamos conseguimos reduzir a emissão de gases efeitos estufa de 2,66 CO2 por tonelada de Alumínio (tCO2/tAl) , indo para 2,18 tCO2/tAl, o que é 4,5 vezes menor que a média mundial”, explicou o presidente da empresa.

A companhia é controlada pelo grupo Votorantim e atua de forma integrada, desde a mineração de bauxita até a produção de produtos primários e transformados de alumínio e reciclagem.

CRESCIMENTO

A CBA buscará aquisições com empresas que ofereçam sinergia com os negócios atuais. Os recursos captados na oferta primária serão 70% destinados ao crescimento orgânico da empresa e 30% para eventuais fusões e aquisições.

“O IPO vai nos ajudar a implantar projetos e aumentar nossa competitividade”, disse Carvalho.

Em 14 de julho, a CBA precificou seu IPO em R$ 11,20 reais por ação, levantando R$ 1,4 bilhão, sendo 663 milhões na captação primária.