Caminhoneiros pedem da Petrobras preço estável do combustível

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Foto: Divulgação/Petrobras

São Paulo – O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), entidade que representa os caminhoneiros autônomos, enviou à Petrobras um ofício reiterando o pedido de suspensão de reajuste nos preços de combustíveis enquanto estiverem em andamento as negociações entre a categoria e a companhia para evitar uma greve no final de julho.

Em comunicado, a CNTRC disse ter “plena confiança” no presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e no presidente Jair Bolsonaro em relação às demandas da categoria – a mais relevante delas o fim da política da Petrobras de igualar os preços domésticos do combustível aos valores praticados no mercado de importação -, mas afirma ter enviado ofício “reiterando pedido de suspensão de reajustes nos preços durante a agenda de negociações até sejam concluídas as avaliações das propostas pela Petrobras”.

A manifestação da CNTRC foi feita depois de a Petrobras ter anunciado onte que aumentará o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,32%, para R$ 2,69 o litro, e o do diesel em 3,69% a R$ 2,81 o litro. Os reajustes são válidos a partir de hoje.

No dia 29 de junho houve uma reunião entre o representantes de caminhoneiros autônomos e a Petrobras, na qual a suspensão no reajuste de preços já havia sido solicitada. As conversas foram realizadas em meio a uma ameaça de paralisação da categoria no dia 25 de julho. No comunicado, a CNTRC reforçou que esse risco ainda existe.

“No contexto de paralisação dos caminhoneiros convocada para o próximo dia 25/07, o início formal dos diálogos com a destinatária do item reivindicado na pauta, a princípio, posicionou a Petrobrás como pacificadora. Entretanto, a notícia de reajuste é afligente e provoca inconformismo”, afirmou.