Câmbio e RBSE impactam e lucro soma R$ 307 mi

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Foto Divulgação/ Eletrobras

São Paulo – A Eletrobras obteve lucro líquido de R$ 307 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 77% na comparação anual. O lucro líquido das operações continuadas teve queda de 80,5% no período, para R$ 307 milhões na mesma base de comparação.

De acordo com a estatal, o resultado do período foi impactado pelos efeitos econômicos negativos, sem efeito financeiro, que foram a variação cambial negativa em R$ 665 milhões em decorrência da desvalorização cambial durante à pandemia do coronavírus e a remensuração do valor justo da receita de Rede Básica de Sistemas Existentes (RBSE), com redução de R$ 411 milhões.

A receita operacional líquida atingiu R$ 6,956 bilhões no período, 7,6% superior ao mesmo trimestre do ano anterior. A receita operacional líquida recorrente, que engloba receita do Procel, registrou alta 9,1% e somou R$ 6,947 bilhões na mesma base de comparação.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no primeiro trimestre somou R$ 2,803 bilhões, queda de 5% ante igual período do ano anterior. O ebtida recorrente, por sua vez, que exclui custos e provisões de ativos e planos, subiu 3,8% no trimestre, para R$ 3,227 bilhões.

A venda de energia gerada pela estatal totalizou 37 gigawatts-hora (GWh) no período, alta de 6% no trimestre na comparação com o mesmo intervalo de 2019. A energia elétrica comprada para revenda atingiu R$ 646 milhões no trimestre, 49% maior que o mesmo período do ano passado.

As receitas com geração aumentaram 5,81% e totalizaram R$ 5,949 bilhões na base anual. No trimestre, o preço médio no mercado regulado ficou em R$ 308,36 por megawatts-hora (MWh), enquanto o preço no mercado livre ficou em R$ 172,31 por MWh.

No período, as despesas financeiras apresentaram elevação de mais de duas vezes, para R$ 5,948 bilhões na comparação anual. O caixa e equivalente de caixa era de R$ 12,254 bilhões no trimestre.

Ao final do trimestre, a dívida líquida recorrente da Eletrobras era de R$ 21,047 bilhões, 5,4% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda recorrente, alcançou 1,6 vez no trimestre, queda de 0,5% na base anual.