São Paulo – Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), os analistas do Bank of America (BofA) e BTG Pactual mantiveram a recomendação neutra para as ações da companhia, considerando expectativa de dividendos em dois dígitos e as incertezas ao redor da venda da participação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) na transmissora. Às 15h43 (horário de Brasília),
as ações TAEE11 caíam 1,94%, a R$ 39,31.
O BofA destacou o forte crescimento dos lucros em IFRS impulsionado pela inflação do índice IGPM, que devem sustentar rendimentos de 12% em dividendos neste ano, segundo a estimativa da casa de análise.
“Achamos que os rendimentos de dois dígitos já estão precificados ao preço atual das ações. Valorizamos o perfil de fluxo de caixa defensivo do Taesa, mas vemos um potencial de aumento limitado”, disseram, em relatório.
O BTG disse que os resultados vieram em linha com as suas estimativas em receita líquida, ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório, mas com aumento das despesas financeiras e patrimônio líquido abaixo do esperado, explicado por maiores despesas financeiras em algumas subsidiárias.
“A Cemig anunciou recentemente sua intenção de desinvestir da Taesa, pois considera que o ganho de capital da venda pode compensar as perdas geradas pela venda da Light. Se o negócio prosseguir, a ISA Cteep pode exercer seus direitos de preferência e, nesse caso, não esperamos que os direitos de tag along sejam acionados para os acionistas minoritários. Outro obstáculo é TBE, uma holding com quatro linhas de transmissão que compartilham o controle com a Alupar. Se a Cemig desinvestir da Taesa, a Alupar tem o direito de comprar a participação da Taesa na TBE. No final, parece haver muitas dúvidas para a venda da Taesa e, considerando o valor em que as ações estão sendo negociadas hoje, ficaríamos surpresos em vê-las sendo vendidas a um prêmio enorme”, disseram os analistas do BTG.
