BRF reverte prejuízo e registra lucro líquido no 3° trimestre de 2024

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Foto: BRF

São Paulo, SP – A BRF divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 1,137 bilhão, revertendo o prejuízo líquido de R$ 262 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). Em relação ao segundo trimestre deste ano, o lucro líquido foi 3,8% superior. A companhia afirmou que o resultado reflete,
principalmente, o resultado operacional, com destaque para o crescimento da receita em 12,4% e níveis saudáveis de rentabilidade em todo o portfólio de produtos e segmentos de negócios e pela redução do endividamento líquido com reflexos nas despesas de juros incorridas no período.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,968 bilhão, alta de 146,4% em relação ao 3T23. Já a margem Ebitda ajustada foi de 19,1%, alta de 10,4 pontos percentuais em comparação ao 3T23. A margem líquida foi de 7,3%, alta de 9,2 p.p em relação ao 3T23. O total apurado do impacto das chuvas no estado do Rio Grande do Sul nas operações da BRF no trimestre foi de R$ 5,8 milhões, já líquidos de adiantamento parcial recebido da seguradora. Este montante foi excluído do EBITDA ajustado para facilitar a compreensão dos resultados recorrentes do trimestre.

A receita líquida foi de R$ 15,523 bilhões, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período de 2023, reflexo, principalmente, pelo aumento de 2,3% dos volumes vendidos em ambas as comparações analisadas, pelo aumento de 9,9% do preço médio. Na visão gerencial, onde se excluí os efeitos da hiperinflação da Turquia, a receita líquida atingiu R$ 15,563 bilhões no 3T24 versus R$ 13,406 milhões no 3T23 e R$ 14,672 bilhões no 2T24, um aumento de 16,1% na comparação anual. A geração de caixa livre alcançou R$ 1,839 bilhão.

Na operação brasileira, a companhia atingiu um EBITDA ajustado de R$ 1,203 bilhão, com uma margem 16,6%, uma evolução de 4,7 pontos percentuais na comparação anual. “Destacamos o contínuo aumento do volume de vendas no mercado doméstico em especial de produtos processados, que neste trimestre alcançou patamares históricos. Nesta categoria, atingimos 40% de market share, um aumento de 0,9 p.p. frente a última leitura. Seguimos fortalecendo nossa execução comercial como vetor de produtividade e crescimento de receita”, comentou a BRF.

Na operação internacional, o EBITDA ajustado foi de R$ 1,629 bilhão, com margem de 22,2%, um crescimento de 18 pontos percentuais em relação ao 3T23. A evolução da rentabilidade foi motivada pela recuperação dos preços dos cortes suínos, pela diversificação de mercados que segue nos permitindo melhor posicionamento de preços e pela maior participação de produtos processados nas vendas totais. “Durante o terceiro trimestre conquistamos 13 novas habilitações, com destaque para as habilitações da planta de Toledo para exportação de proteína de frango in natura para o Reino Unido e de diversas plantas para exportação de proteína de frango in natura e processada para países da região do MENA12. No acumulado do ano, já somamos 70 novas permissões para exportação”, destacou a companhia.

O endividamento líquido totalizou R$ 6,866 bilhões no 3T24, redução de R$ 2,066 bilhões quando comparado ao 2T24. A alavancagem líquida da companhia, medida pela razão entre o endividamento líquido e o EBITDA Ajustado dos últimos doze meses, atingiu 0,71x no 3T24 versus 1,14x no 2T24 (alavancagem equivalente em USD atingiu 0,94x no 3T24 versus 1,39x no 2T24).